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Jovem paraguaçuense de 27 anos conta como vive com doença rara

Doença, que ele chama de ameaça silenciosa, foi diagnosticada em 2015, um ano após o início dos sintomas.

redação Paraguacity.com

  • 23/02/16
  • 11:00
  • Atualizado há 426 semanas

Em 29 de fevereiro é celebrado o Dia das Doenças Raras e o paraguaçuenses Eder de Oliveira Pereira, de 27 anos, é um exemplo de que com muita luta e determinação é possível superar qualquer desafio.

Há dois anos ele começou a ter sintomas de uma doença grave, mas difícil de ser diagnosticada. O rapaz, que trabalhava em uma usina como operador de guindaste, começou a sofrer com diarreias, vômitos, fraqueza, anemia e a perda de peso, passando de 112 kg para 69 kg em poucas semanas. Outros problemas como raciocínio lento, gagueira e dores pelo corpo foram surgindo, enquanto entre idas e vindas ao médico, ele tentava descobrir o motivo de tanto mal estar.

Em fevereiro de 2015, praticamente um ano após o inicio dos sintomas, Eder foi diagnosticado com a Doença de Crohn, uma doença crônica provavelmente provocada pela desregulação do sistema imunológico, ou seja, de defesa do organismo e que inicia-se mais frequentemente na segunda e terceira década de vida, mas pode afetar qualquer faixa etária.

Semelhante a Retocolite Ulcerativa, a Doença de Crohn é agrupada na categoria de doenças inflamatórias intestinais.

Éder conta que no inicio muitas pessoas achavam que ele estava exagerando ao reclamar de dores e de todo o sofrimento causado pela doença.

Hoje, para ter uma vida relativamente normal, o rapaz toma medicamentos de alto custo, fornecidos pelo Governo, e afirma que isso causa uma melhora radical em seu quadro de saúde.

Apesar dos medicamentos, o sistema imunológico do paraguaçuenses é mais delicado e por isso, recebendo todo o suporte da empresa em que trabalha, ele exerce agora atividades administrativas, evitando o contato com condições climáticas que possam trazer doenças oportunistas.

Hoje, ele garante que consegue conviver normalmente com a doença, apesar das limitações.

"Meu dia-a-dia é rígido, tomando muito cuidado, não saio muito, eu evito abusar, porque a minha doença dormiu, mas ela é semelhante a um vulcão adormecido, se eu mexer ela pode acordar e fazer um estrago, então é uma doença que vou ter que conviver a vida toda, sempre atento aos medicamentos e cuidados", destacou.

Eder, atualmente, convive com sua família e diz que tenta manter sempre a alegria e o bom humor, apesar da doença influenciar também nesta questão.

"Ela abala muito o emocional, causa bipolaridade, na mesma hora que a gente está bem, já fica ruim, então altera muito o nosso humor, mas eu tento me manter tranquilo e de bem com a vida", finalizou.

Em Paraguaçu Paulista, além de Éder, cerca de oito pessoas convivem com a Doença de Crohn.

Eder deixa claro que não será vencido pela Doença Intestinal Inflamatória, Crohn.

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