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Polícia irá investigar caso de menina que fez parto sozinha e escondeu bebê no guarda roupa

O bebê tinha 3kg, era um menino, e foi levado para o IML de Assis para exame necroscópico. A Polícia aguarda o laudo da perícia médica para saber a causa da morte

Redação ParaguaCity

  • 05/04/16
  • 11:00
  • Atualizado há 419 semanas

A Polícia Civil de Paraguaçu Paulista registrou no último domingo, as 5h30, um Boletim de Ocorrência de Morte Suspeita de um bebê. O caso repercutiu em toda a cidade nesta segunda-feira (4) através das redes sociais. Segundo as informações do boletim de ocorrência, uma jovem de 20 anos de idade, moradora do bairro Barra Funda, teria escondido a gravidez dos pais e realizou o próprio parto sozinha em casa.

Conforme apurado na Delegacia de Polícia do município, após o parto ela teve uma hemorragia e precisou ir ao Pronto Socorro. Durante o atendimento, o médico desconfiou de um aborto e começou a questionar a jovem, que acabou contando todo o ocorrido.

Advogado Dr. José Roberto Baptista Júnior
Advogado Dr. José Roberto Baptista Júnior

Ainda segundo informações do boletim, após parir, ela colocou o bebê em uma bolsa e escondeu dentro do guarda roupas. Quando foi encontrada, a criança já estava morta.

O bebê tinha 3kg, era um menino, e foi levado para o IML de Assis para exame necroscópico. Segundo o delegado que registrou a ocorrência, Dr. Dorivaldo Machado, a Polícia aguarda o laudo da perícia médica para saber a causa da morte e instaurar um inquérito, já que pode ser desde um aborto espontâneo ou até mesmo um infanticídio. Ele pediu agilidade ao IML. Tudo indica que a criança nasceu viva.

Um inquérito foi instaurado e o caso será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher.

O Paraguacity.com conversou com o advogado da jovem, Dr. José Roberto Baptista Júnior, que está acompanhando o caso. Segundo ele, a jovem ficou muito abalada e em estado de choque após o ocorrido. Atualmente ela está sedada e deverá passar por exames psiquiátricos. O advogado disse ainda que a menina não sabia que estava grávida.

"Ela estava com a síndrome do estado puerperal, a síndrome do puerpério é uma síndrome em que a mãe não tem noção da gravidez, ela não quer ter o filho, o corpo dela inclusive menstrua durante gravidez, então é uma negação psicológica da gravidez, então quando ela tem a criança, não tem noção daquilo, e tudo está indicando ser isso o que ela sofreu, o que será comprovado por laudo", explicou.

Junior disse ainda que devido a síndrome do puerpério, o próprio corpo da jovem não apresentou sinais de que ela estivesse grávida. "A barriga dela estava muito pequena, tanto que ela trabalhou normalmente, ela ia para a escola normalmente, ela tinha uma vida pública normal, ela menstruava, não teve ânsia, não teve vomito", ressaltou.

O caso repercutiu e gerou uma comoção em toda a cidade, chegando muitas pessoas afirmarem que a moça havia matado o bebê. Segundo Junior, essas informações não são verdadeiras.

"A criança não foi estrangulada, ela não enforcou a criança, ela não fez nada, ela enrolou a criança num cobertor e deixou no quarto dela, foi isso que ela fez, colocou no guarda roupa", concluiu.

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