Moradores de rua sofrem com dias frios em Paraguaçu
Para amenizar a situação, eles têm contado com a solidariedade da população paraguaçuense.
O frio chegou com tudo e não tem dado trégua em Paraguaçu Paulista, que tem registrado temperaturas mínimas em torno de 10 graus.
Para amenizar as baixas temperaturas, as pessoas têm recorrido a alimentos quentes e cobertores macios.
Os moradores de rua, entretanto, não tem tido essa facilidade para se aconchegar durante os dias frios. Eles têm ficado ao lado do Cemitério Municipal e contado com a solidariedade da população de Paraguaçu Paulista para se alimentar e se agasalhar.
Segundo Aparecido Dias dos Santos, nesse período frio fica tudo muito difícil e eles precisam conviver com o vento e o orvalho. Quando chove, eles se abrigam no prédio da Prefeitura Municipal. Ele ressalta que o apoio da população tem feito a diferença na vida deles.
"A população sempre chega, ajuda com cobertor, alimentos, traz comida, a sociedade sempre ajuda a gente, mas a Assistência Social que a gente depende deles e eles não ajudam, e ainda querem cortar o que as pessoas ajudam nós", lamentou.
Apesar de toda a ajuda, Cido ressalta que em alguns momentos, a situação chega a ser desesperadora.
"Tem dias que passa fome, ainda falta algumas doações, eu mesmo passei um frio danado essa noite", afirmou o morador de rua, que disse ainda sofrer com o preconceito de muitas pessoas.
"Preconceito é o que mais tem, uns tratam bem, outros tratam mal, mas a luta continua, vamos ver no final da luta o que vai dar", finalizou.
Graziele Castilho da Costa é uma das pessoas que sempre colabora com os moradores de rua, levando alimentos e agasalhos. Para ela, ao oferecer atenção e amizade, as pessoas já estão colaborando.
"A gente sempre está colaborando, trazendo cobertor, às vezes a amizade vale mais do que muita coisa, então tem a minha presença aqui conversando com eles, não desfazer deles, isso vale mais que um prato de comida, então a gente sempre está ajudando, dando conselho, quando precisa eu trago algumas coisas, já levei eles para a igreja", ressaltou.
Graziele pede a colaboração e sensibilização da população paraguaçuense que, segundo ela, tem espírito muito solidário. "É difícil porque fica exposto ao vento, mas a população ajuda bastante, trouxeram bastante cobertores, ganharam uns cinco já só essa semana, ontem veio uma mulher e trouxe sopa, roupa, então é um povo solidário", finalizou.