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Dólar opera em leve alta, de olho em novas medidas econômicas

Na segunda, a moeda avançou 1,92%, a R$ 3,5823.Em maio, o dólar acumula alta de 4,1% e no ano, queda de 9,2%

G1/Foto: Ilustrativa

  • 24/05/16
  • 15:00
  • Atualizado há 411 semanas

O dólar mudou de rumo e operava em leve alta na tarde desta terça-feira (24), com o mercado reagindo de forma cautelosa às medidas anunciadas pelo presidente em exercício, Michel Temer, para tentar equilibrar as contas públicas e retomar o crescimento da economia.

Segundo a agência Reuters, o movimento de alta ocorre em meio a avaliações de que o governo deve enfrentar dificuldades para aprovar no Congresso Nacional as medidas para reequilibrar as contas públicas apresentadas a nova meta fiscal.

Às 15h30, a moeda norte-americana subia 0,092%, a R$ 3,5856. Veja a cotação do dólar hoje. Mais cedo, a divisa chegou a atingir R$ 3,5423, na mínima do dia, pouco depois do pronunciamento de Temer.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h10, queda de 0,76%, a R$ 3,5549

Às 10h, queda de 0,82%, a R$ 3,5528

Às 10h50, queda de 0,93%, R$ 3,5488

Às 11h11, queda de 0,87%, a R$ 3,551

Às 11h50, queda de 0,92%, a R$ 3,5492

Às 12h30, queda de 0,82%, a R$ 3,553

Às 13h20, queda de 0,79%, a R$ 3,5538

Às 13h40, queda de 0,47%, R$ 3,5655

Às 14h28, queda de 0,61%, R$ 3,5604

O Banco Central não intervenção no câmbio, mantendo-se ausente do mercado pelo quarto dia de negócios seguido.

Cenário local sob as atenções

O mercado seguia atento também aos desdobramentos do cenário político, após o afastamento de Romero Jucá do Ministério do Planejamento.

O Congresso Nacional deve votar nesta terça a proposta de revisão da meta fiscal para 2016. A proposta de revisão da meta fiscal de 2016 prevê um déficit (despesas maiores do que receitas) das contas públicas de até R$ 170,5 bilhões. Se deputados e senadores não aprovarem a nova projeção, o governo terá de cumprir a meta enviada pela presidente afastada, Dilma Rousseff, com previsão de superávit de R$ 24 bilhões.

Medidas econômicas

Operadores receberam bem as propostas econômicas, mas analistas ressaltaram que elas não são suficientes para consertar a economia e que as medidas não trazem cortes efetivos de despesas. Além disso, ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional, processo que promete ser turbulento.

A primeira medida anunciada pelo presidente em exercício Michel Temer foi a proposta de devolução, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de ao menos R$ 100 bilhões em recursos repassados pelo Tesouro Nacional nos últimos anos que, no total, somam mais de R$ 500 bilhões.

Outra medida anunciada por Temer é a proposta de adoção de um teto para os gastos públicos, proposta semelhante à que foi feita pela equipe econômica da presidente afastada Dilma Rousseff. Além disso, o presidente em exercício disse que "talvez" seja extinto o fundo soberano brasileiro, trazendo cerca de R$ 2 bilhões para reduzir a dívida pública.

Último fechamento

O dólar fechou em alta na segunda-feira (23), após o governo divulgar a nova meta fiscal que enviará ao Congresso, com rombo de até R$ 170,5 bilhões em 2016, e depois da divulgação de conversa gravada do ministro do Planejamento, Romero Jucá, na qual ele sugere que uma troca no governo federal resultaria em "pacto" para frear os avanços da operação Lava Jato.

A moeda norte-americana subiu 1,92%, a R$ 3,5823 na venda. No mês de maio, o dólar tem valorização de 4,1%. Em 2016, contudo, a moeda dos EUA tem perda de 9,26%.

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