Buscar no site

Líder de grupo que planejava ataques terroristas na Olimpíada é preso em Curitiba

A operação batizada de Hastag foi deflagrada faltando 15 dias para o início do evento

bonde.com.br/Foto: Divulgação

  • 21/07/16
  • 14:00
  • Atualizado há 405 semanas

A Polícia Federal (PF) prendeu um grupo que planejava ataques terroristas durante os Jogos Olímpicos no Brasil na manhã desta quinta-feira (21). A operação batizada de Hastag foi deflagrada faltando 15 dias para o início do evento.

Informações obtidas preliminarmente apontam que os suspeitos preconizam a intolerância racial, de gênero e religiosa. Os nomes dos presos - todos brasileiros - não serão divulgados para não atrapalhar as investigações; o processo tramita sob sigilo. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Paraná. O líder foi preso em Curitiba.

Segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, os dez presos usavam as redes sociais e outros serviços de mensagens para se comunicar. Os aplicativos preferidos eram o Telegram e WhatsApp.

Duas pessoas estão sendo rastreadas, mas ainda não foram presas. Os 12 mandados são de prisão temporária e valem por 30 dias, podendo ser prorrogados por igual período.

Os mandados de prisão são justificados pela existência de atos preparatórios, ou seja, os envolvidos já haviam começado a preparar ações terroristas.

As prisões ocorreram simultaneamente em dez estados do Brasil. Um dos detidos teria entrado em contato com um site do Paraguai, interessado em comprar um fuzil A47. Não há informações se a arma, de fato, foi adquirida.

Várias mensagens, segundo as investigações, mostram o grupo comemorando os atentados em Orlando, nos Estados Unidos, e em Nice, na França. As execuções realizadas pelo EI também eram compartilhadas entre eles.

Ainda conforme os grampos, os acusados comentavam que o Brasil não fazia parte da coalizão contra o EI, mas passou a ser alvo no momento em que virou sede da Olimpíada e receberá diversos estrangeiros.

Moraes comentou que os membros da célula não se conheciam pessoalmente, mas combinavam treinamentos de tiros e artes marciais visando as ações. Dois deles já foram condenados por homicídio e outros usavam, inclusive, nomes falsos nas redes. Alguns, inclusive, fizeram um juramento de lealdade ao EI pela internet, mas não foi comprovado o contato direto com a facção radical.

Mesmo após essa descoberta, o ministro da Justiça afirmou acreditar que "há chances mínimas" de ações terroristas durante o evento no Rio de Janeiro.

Receba nossas notícias em primeira mão!