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Paralimpíadas estão à altura de Jogos Olímpicos e promoverão debate, diz ministro do Esporte

Ao todo serão 23 modalidades esportivas e 528 medalhas nas competições das Paralimpíadas Rio 2016

ParaguaCity / Agência do Rádio

  • 08/09/16
  • 19:00
  • Atualizado há 398 semanas

Os Jogos Paralímpicos Rio 2016 começaram nesta quinta-feira (8) e seguem até o dia 18 de setembro. Mais de quatro mil atletas de 160 países participam das competições. A edição que acontece no Rio de Janeiro vai reunir 289 atletas brasileiros - o maior número de representantes do país na história dos Jogos.

O Brasil enfrenta o desafio de se manter entre as potências paralímpicas mundiais. Para o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, as Paralimpíadas estarão à altura das Olimpíadas e vão proporcionar discussões importantes para o país.

"Esse é um tema absolutamente importante para o nosso país e para a nossa sociedade, porque transcende simplesmente a questão do esporte: ele vai mais além, muito mais além. Trata de inclusão, trata de se mostrar a superação, de se discutir temas importantes como a acessibilidade", disse o ministro.

Os atletas brasileiros fizeram a estreia nas Paralimpíadas em 1972, na Alemanha. Saíram sem medalhas, mas na edição seguinte, em Toronto, conquistaram a prata no Lawn Bowls, uma espécie de bocha sobre a grama.

A partir de então, o Brasil não passou mais despercebido. Brilhou em Sydney-2000, ao conquistar 22 medalhas em quatro modalidades. Em Atenas-2004 ficou em 14º lugar no quadro geral. Em Pequim-2008, terminou a competição em 9º lugar. Em 2012, em Londres, alcançou a 7ª colocação. O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, acredita que a natação e o atletismo vão ser os destaques dos Brasil na Rio 2016.

"São as modalidades que, histórica e tradicionalmente, a gente traz mais resultados, mas também são aquelas modalidades que oferecem um número maior de medalhas. Então, obviamente, a gente tem uma aposta de que a grande maioria das medalhas vai vir dessas duas modalidades. Mas a gente, a exemplo do que aconteceu em Londres, também consegue resultados importantes em outras modalidades", afirmou Parsons.

Ao todo serão 23 modalidades esportivas e 528 medalhas nas competições das Paralimpíadas Rio 2016.

O encarregado de acender a Pira Paralímpica foi o nadador Clodoaldo Silva, dono de 13 medalhas, sendo seis de ouro

Emoção na abertura

E com a proposta de aproximar a plateia da realidade dos atletas paralímpicos, a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, realizada na noite desta quarta-feira (7), emocionou o público presente ao estádio Maracanã.

Idealizada pelo escritor e dramaturgo Marcelo Rubens Paiva, pelo design Fred Gelli e pelo artista plástico Vik Muniz, o evento começou com uma viagem na história do movimento paralímpico. Um vídeo mostrou o berço do paradesporto, iniciado no fim da 2ª Guerra Mundial, na pequena cidade inglesa de Stoke Mandeville.

Em seguida, uma das principais apresentações da noite levantou a plateia: o norte-americano Aaron Wheelz, que nasceu com uma má-formação congênita conhecida como espinha bífida, utilizou a cadeira de rodas para realizar um feito que poucas pessoas teriam coragem de tentar.

O atleta desceu, em alta velocidade, por uma mega rampa de 17 metros - equivalente a um prédio de seis andares -, montada ao longo das arquibancadas do Maracanã. No momento em que Aaron Wheelz concluía a manobra, fogos de artifícios foram disparados, iluminando o céu do Rio de Janeiro.

Samba, funk e música eletrônica foram os ritmos que embalaram as apresentações seguintes e também o desfile dos atletas. No total, 164 delegações com mil 838 atletas encheram o Maracanã. Após as apresentações, o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, discursou para o público e deu uma mensagem de boas-vindas aos atletas.

"Vocês são super-humanos, não conhecem o impossível. É com imensa admiração que nós dedicamos esses jogos e essa festa a vocês, atletas paralímpicos do mundo inteiro. Vocês são nossos heróis. O Rio de Janeiro está pronto para fazer a história paralímpica".

A Tocha Paralímpica proporcionou um momento de emoção no Maracanã. O corredor Antônio Delfino de Souza, medalhista de ouro em Atenas-2004 nas provas de 200 metros e 400 metros, passou a tocha para a também corredora Márcia Malsar, uma das pioneiras da modalidade no Brasil. Sob chuva, ela acabou se desequilibrando e caindo, mesmo assim, seguiu o percurso e entregou a chama para a velocista Ádria dos Santos, sob muitos aplausos do público.

O encarregado de acender a Pira Paralímpica foi o nadador Clodoaldo Silva, dono de 13 medalhas, sendo seis de ouro. Após o acendimento da pira, a festa foi encerrada sob forte aplauso do público.

Lembrando, então, as competições paralímpicas começaram nesta quinta-feira(8) e seguem até o próximo dia 18 deste mês.

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