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Preconceito pode ter sido uma das causas de tentativa de homicídio a travesti, em Assis
O crime ocorreu na noite desta quarta-feira, 28
Redação AssisCity
- 29/09/16
- 18:00
- Atualizado há 394 semanas
Na noite desta quarta-feira, 28, próximo ao terminal rodoviário, em Assis, houve uma tentativa de homicídio a uma travesti de 26 anos. De acordo com o Boletim de Ocorrência, ela foi atingida por três tiros, dos quais um acertou a parte de trás da cabeça e os outros dois na região das costas.
Ela foi socorrida pela equipe de Resgate do Corpo de Bombeiros e encaminhada para o setor de emergência do Hospital Regional de Assis, onde permanece internada.
Os relatos são de que a vítima "fazia programas" e conversava com uma pessoa em um veículo, quando um homem se aproximou e disse que queria conversar. Após o ocupante do veículo ser dispensado, a pessoa que fez o chamado tirou a mão de dentro de uma mochila preta que levava nas costas e, sem dizer nada, passou a atirar na direção da travesti, que saiu correndo.
O atirador já foi visto pela vítima em um bar que fica nas proximidades da Unesp, no Portal São Francisco, mas não foi relatado nenhum suposto motivo ou suspeita de qual seria a motivação para a tentativa de homicídio. A descrição do autor é de um homem pardo, com cabelos curtos, cerca de 1,80m de altura, magro, com camisa de cor azul, piercing no nariz e tatuagem no rosto, da parte debaixo do nariz até o pescoço.
A equipe de reportagem do AssisCity conversou com Gabrielly Spanic, dona de um pensionato que abriga travestis e transexuais na cidade, e que relatou sua opinião sobre o fato.
"Infelizmente nós, travestis, transexuais, gays e lésbicas estamos vulneráveis a qualquer momento, em qualquer lugar, em qualquer horário. Não sabemos as causas que motivaram esse crime, mas sabemos que o preconceito existe. Ela foi mais uma vítima, das muitas que sabemos no Brasil todo. Muitas pessoas ainda associam travestis à prostituição, mas o preconceito está em todo lugar. É uma situação muito triste e que gera muito medo, pois não sabemos o que pode nos acontecer se pararmos em alguma esquina", conclui.
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