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Manifestação em apoio à vaquejada será no dia 25, em Assis

Serão realizadas manifestações em todo o Brasil na mesma data

Redação AssisCity/ Foto: AssisCity

  • 23/10/16
  • 10:00
  • Atualizado há 390 semanas

No dia 25 de outubro, terça-feira, a partir das 9h, será realizada em Assis uma manifestação em apoio à prática da vaquejada. A manifestação sairá da rotatória de São Francisco de Assis em direção ao Paço Municipal. Em todo o Brasil haverá mobilização para defender esse esporte que é uma das tradições da cultura do País.

No dia 6 de outubro, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou a vaquejada crime ambiental de maus-tratos a animais. No Ceará, a prática foi declarada inconstitucional e a tendência é que se aplique aos demais estados do Brasil.

Rogério Paitl, proprietário da Companhia de Rodeio Rancho Primavera, explica o porquê da manifestação.

"Todos nós que vivemos neste mundo dos cavalos estamos lutando para que a classe não morra. Estaremos na manifestação para tentar derrubar o que o STF já decidiu, não apenas para liberar a vaquejada, mas também para provocar outras discussões sobre o tema. Para a modalidade de montarias, por exemplo, já existem leis e regulamentações que também devem ser feitas para as outras modalidades do rodeio, que englobam todos os esportes equestres", afirma.

Marcelo Correia, agropecuarista e criador de cavalos da raça Quarto de Milha, fala sobre a importância deste esporte também para a economia nacional.

"A proibição dos esportes equestres faz com que o criador de cavalo perca o foco de comércio. Nós iremos criar para quem? Inclusive, o trabalho de médico veterinário perderá com isso, pois os cavalos que disputam provas precisam passar por exames a cada 60 dias, por exemplo. Esse mercado movimentou, em 2015, um total de R$15 bilhões, além de gerar cerca de 2 milhões de empregos diretos em todo o país. Ninguém quer que judie dos animais, e nós não judiamos, nós cuidados muito bem deles", afirma.

Celso Batista, produtor rural e criador de Quarto de Milha dá sua opinião sobre o tema.

"Acabar com a vaquejada e os demais esportes equestres é colocar fim a uma parte da cultura brasileira. Muito de nossa cultura veio do boi, do tropeiro e, consequentemente, dessa modalidade de esporte", afirma.

Pedro Rezende Barbosa afirma que a regulamentação do esporte é um passo importante para a prática.

"O que os produtores e simpatizantes dos esportes equestres desejam não é a proibição, mas sim a regulamentação. Quais são as melhores maneiras para proteger a saúde dos animais? Usar cordas de determinado tipo, proteger os pés dos animais. O importante é colocar normas e regras que sejam aplicáveis e possam ser vistoriadas. O que não pode é maltratar um cavalo que será montado, pois quem convive sabe que o próprio rendimento do animal cai muito quando ele sofre. O nosso cuidado com nossos animais está em primeiro lugar", conclui.

Rogério Paitl, Marcelo Correia, Celso Batista e Pedro Rezende Barbosa

Marcelo Correira, agropecuarista e criador de cavalos Quarto de Milha

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