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'Voavam peças', diz moradora sobre explosão em processadora de óleo

Cinco funcionários ficaram feridos durante o incidente e uma vizinha morreu após sofrer um infarto

G1

  • 26/10/16
  • 10:00
  • Atualizado há 387 semanas

Os vizinhos da empresa processadora de óleo de Paraguaçu Paulista (SP) se assustaram com a explosão de um tanque de extração na segunda-feira (24). A empresa fica em um bairro residencial e pedaços de metal e de telhas voaram mais de cem metros e atingiram muitas casas. O incêndio teria começado depois que o local foi atingido por um raio, segundo testemunhas. Cinco funcionários ficaram feridos durante o incidente e uma vizinha morreu após sofrer um infarto.

A cozinheira Adriana da Silva Pereira estava em casa quando peças da empresa atingiram seu imóvel. "Eu estava sentada na sala assistindo televisão quando teve a explosão e parece que jogou uma pedra bem forte. Veio essa explosão e o fogo junto. A chama era tão alta. Quando eu cheguei na porta da cozinha tinha fogo, voltei pra trás tinha fogo. Abri a janela estava igual um furacão voando peças no ar: Zinco, madeira, já caindo em cima da casa. Meu marido achou que era granizo, mas eram pedaços da fábrica que estavam caindo. Foi uma coisa terrível porque eu sei o quanto de gente que trabalha ali nesse horário, a gente já pensa nas famílias", conta.

Uma telha de zinco foi parar no telhado da casa da vendedora Camila da Silva. "Foi muita coisa que voou. A gente ficou desesperado achando que fosse chuva de pedra. Minha mãe saiu e já viu o fogo subindo, ai a gente pegou as coisas e saiu correndo."



Feridos

Um dos cinco funcionários da empresa que se machucou enquanto tentava fugir após a explosão, já teve alta do hospital. O saqueiro Ricardo dos Santos estava a poucos metros do tanque. Ele teve um arranhão na perna e um machucado no braço.

"Do nada deu um raio, ai uma explosão. Não deu para ver mais nada, nós agachamos e saímos correndo para dentro. No que eu fui correr, eu escorreguei e bati o braço", lembra.

Os cinco feridos são todos funcionários da empresa, um deles, Adriano Pereira da Silva, de 38 anos, teve 70% do corpo queimado e foi transferido para um hospital especializado em Ribeirão Preto. Outras duas pessoas também sofreram queimaduras, uma delas teve 50% do corpo queimado e está internado em um hospital especializado de Marília. Outra teve ferimentos mais leves e está internado em um hospital da cidade.

Um técnico em segurança sofreu fadiga física após ajudar no combate às chamas. Ele recebeu atendimento médico e foi liberado.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo foi no setor de extração de óleo, produzido pela empresa. Logo após a explosão, as equipes de segurança da empresa começaram a combater o fogo e a resfriar os tanques.

A empresa ficou sem energia por mais de três horas e a rua em frente ao local foi interditada. Caminhões-pipa da Sabesp e de outra usina, da vizinha cidade de Quatá, ajudaram a apagar o incêndio. Os bombeiros de Paraguaçu Paulista também tiveram apoio de soldados da cidade de Assis.

"A gente chegou aqui ainda se encontrava com incêndio na extração final do óleo, produto final da empresa. Nós tivemos uma atuação bem rápida conseguimos conter o incêndio bem rápido, evitamos que as chamas se propagassem para locais de mais risco, para os outros tanques e agora a gente segue no resfriamento dos tanques para que não haja risco de novo incêndio", explica a capitão Lidiara Kurac.

No fim da noite, um carro de som avisou os moradores que o local estava fora de perigo. Em nota, a Louis Dreyfus Company informou que apura as causas do incêndio e está concentrando seus esforços em prestar assistência às vítimas.

Peças voaram mais de cem metros com explosão (Foto: Reprodução/TV TEM)

Ricardo já está em casa com a mãe (Foto: Romeu Neto/TV TEM)

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