Criança nasce com microcefalia no Hospital Regional de Assis
Assis teve três casos de Zika Vírus em 2016
Os casos de microcefalia relacionados ao Zika Vírus em todo o País no final de 2015 e ao longo de 2016 assustaram diversas pessoas, especialmente as grávidas, já que o transmissor do Zika é o mosquito Aedes aegypti, comum em todo território nacional.
Em Assis, a informação mais recente da Secretaria Municipal da Saúde é que no final do ano passado uma gestante, moradora no Jardim Eldorado, deu à luz em dezembro no Hospital Regional, a uma criança com microcefalia. As autoridades ainda não confirmaram se o caso está relacionado ao Zika Vírus, mas a Vigilância Epidemiológica já está atenta e acompanhando o caso, que precisa ser investigado.
"A criança nasceu com um perímetro encefálico abaixo do normal, por isso ela se enquadra com microcefalia. A gravidez da mãe foi a termo, ou seja, o período gestacional foi adequado e o bebê não é prematuro. Agora a criança está sendo acompanhada, serão feitos exames para verificar a origem da microcefalia. Os exames são importantes para verificar se existe relação com o Zika Vírus, entretanto tem que se ter em mente que o problema também pode estar relacionado a outras doenças, como rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes e sífilis. Nem todo caso de microcefalia é relacionado ao Zika", explica a enfermeira e coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Assis, Nilsa Leite.
Nilsa informa que a criança deve ser acompanhada e o acompanhamento engloba trabalhos com neurologista, fisioterapeuta, oftalmologista e fonoaudiólogo.
"A confirmação se o caso de microcefalia é alusivo ao Zika será feita pelo Laboratório Adolfo Lutz, mas a princípio o bebê já está sendo acompanhado", acrescenta.
Até o momento em Assis foram confirmados 3 casos de Zika Vírus em 2016.
Cuidados
A enfermeira orienta as gestantes a se protegerem contra o Aedes aegypti, pois qualquer contaminação, seja pelo Zika, dengue ou até mesmo Chikungunya pode ser prejudicial à gravidez.
"As gestantes devem colocar roupas longas e proteger os pés para evitar que sejam picadas pelo mosquito. O repelente também é importante, mas o médico obstetra deve indicar o mais adequado, pois não é qualquer um que serve para as mulheres grávidas", orienta.
Por fim, Nilsa declara que um levantamento do número de gestantes será feito e conversas com obstetras também serão realizadas, para que sejam fornecidos repelentes às gestantes como forma de prevenção.
Nilsa Leite, enfermeira e coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Assis