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Família de criança que nasceu com microcefalia precisa de ajuda, em Assis

A mãe e o pai do bebê estão desempregados e a família tem sobrevivido com a ajuda de doações

Redação AssisCity/ Foto: AssisCity

  • 15/01/17
  • 08:00
  • Atualizado há 375 semanas

Tamires Cristina da Silva Gomes tomou um grande susto ao fazer o último exame de ultrassonografia antes do parto e descobrir que seu filho tinha microcefalia. A jovem de 26 anos tem outros três filhos mais velhos e está descobrindo agora quais são os desafios que a família e o caçula enfrentarão.

O bebê nasceu no dia 25 de dezembro de 2016 no Hospital Regional de Assis. Desde então tem sido acompanhado por médicos de diversas especialidades.

"Eu fiz o pré-natal durante toda a gestação e só descobri que ele tinha microcefalia no último exame de ultrassom. Eu não sabia nem o que era a microcefalia e só fui entender quando foi confirmada. Desde que ele nasceu, tem tido acompanhamento do pediatra, do oftalmologista e vai passar a frequentar o Projeto SIM, da Associação Beneficente de Assis, tudo para estimulá-lo desde agora e tornar a vida dele o mais normal possível", afirma Tamires.

O neném nasceu com oito meses, 28 centímetros de perímetro cefálico, o que confirma microcefalia, já que o valor de referência para a doença é abaixo de 33 centímetros. Assim que ele nasceu, passou por diversos exames logo após o nascimento para descobrir a causa do problema.

"Eu e ele fizemos vários exames para saber como estávamos de saúde. Inclusive para saber a origem da doença dele, pois poderia ser rubéola ou outras infecções, por exemplo. Mas os exames descartaram essas hipóteses e desde então está sendo investigada a possibilidade de ser Zika Vírus. Não tive nenhum sintoma durante a gravidez, nem de Dengue, nem de Zika ou Chikungunya. Os exames foram feitos e estamos esperando o resultado para confirmar se é ou não, mas ainda não tem nada definido", conta.

Tamires ainda não sabe o que a doença irá ocasionar ao neném, mas diz que a descoberta será diária.

"Ainda não dá para saber as complicações que ele terá. Por enquanto sabemos que ele não enxerga direito de um olho. Ele também toma remédio anticonvulsivo todos os dias, mas não sabemos se ele vai perder a outra visão, se ele vai andar, falar. O que vou tentar é estimular ao máximo para que ele se desenvolva do melhor jeito possível", salienta.

Além de todas essas dificuldades, o marido de Tamires está desempregado e a família tem sobrevivido de "bicos" e doações.

"Temos um filho de 6 anos, uma filha de 4 anos e outra de 1 ano e 7 meses, que precisam de creche em período integral, pois o neném precisa passar pelos médicos quase que diariamente. Eu perdi o emprego um pouco antes de descobrir que estava grávida e meu marido também está desempregado. Temos contado com a ajuda de um projeto que doou cestas básicas e outras coisas, mas precisamos muito de ajuda. Essa semana precisei vender o celular que tinha para poder comprar o leite para o neném, pois só o leite do peito não está sendo o suficiente. O remédio que ele toma também preciso comprar e ele toma diariamente", conta.

A família está com as contas atrasadas, inclusive do Programa Minha Casa Minha Vida e corre o risco de perder o imóvel. O neném também precisa de carrinho, além de fraldas tamanho M. Doações de mantimentos, cestas básicas, roupas e quaisquer outras formas de ajuda são bem vindas.

"Quem puder nos ajudar, eu agradeço muito. É um período de adaptação, muitas mudanças e muitas dificuldades, mas com certeza vamos conseguir superar isso", conclui.

Caso alguém queira ajudar a família de Tamires, os telefones de contato são (18) 99696-7220, (18) 99747-5931 ou (18) 99751-3318.

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