Casal com demência prova que o amor está acima de qualquer doença

Quem assisitiu ao filme "Diário de uma paixão", se lembra da história do idoso que todos os dias lia um diário para uma mulher após ela adquirir uma demência senil e perder a memória. O que estava escrito no caderno era, na verdade, a vida dos dois. O caso do longa é bem parecido com o de Chris Warren, 72 anos, e de sua mulher Hilary, 69, do Reino Unido.

Os dois permanecem apaixonados mesmo depois de serem diagnosticados com demência. Segundo o jornal The Mirror, Hilary soube primeiro da doença e, com o passar do tempo, a condição piorou. No entanto, apesar de quase não reconhecer o marido, ela ainda segura na mão dele e descansa em seu ombro.

Já Chris recebeu o diagnóstico dois anos depois. Raramente sorri na presença de outras pessoas, mas, quando encontra com Hilary, fica radiante. Segundo o filho, a doença o deixou extremamente confuso, só consegue saber que ama demais aquela mulher.

"Meu pai e minha mãe são almas gêmeas, sem dúvida. Se minha esposa e eu tivermos metade do casamento deles, já será lucro", conta o filho James à publicação. Segundo o jovem, os dois começaram a ficar pior há dois anos. "Tirar um sorriso do meu pai ultimamente tem sido uma luta. O único momento em que ele sorri é com minha mãe", diz.

"Eles ainda demonstram que estão se amando", explica James. No entanto, apesar de momentos lindos um ao lado do outro, a doença é muito complicada para os filhos. "Minha mãe sempre pergunta pelo meu pai, mesmo que ele esteja ao lado dela. Ela nem sempre o reconhece", conta.

Internados em um asilo, os dois ainda ficam no mesmo quarto. No entanto, logo será preciso separá-los. "Isso é de cortar o coração, mas tenho certeza de que eles sempre vão se lembrar do amor que um sente pelo outro", torce.