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Um gesto de amor

Por Daniel Freitas

Daniel Freitas

  • 01/03/17
  • 15:00
  • Atualizado há 372 semanas

Descendo um dia desses pela Avenida Rui Barbosa, tive a felicidade de presenciar uma cena que fortaleceu ainda mais em mim a certeza que já tenho de que a solidariedade humana é um dos mais lindos sentimentos deste mundo. Ela é lenitivo que ameniza dores e muitas vezes é até mesmo remédio que cura; sim, porque é ela que nos leva à prática da caridade, que na verdade é o próprio exercício do amor.

A cena envolveu dois personagens; uma senhora, que pela aparência demonstrava claramente ser uma pessoa de classe alta e um vendedor ambulante, ainda bem jovem, que numa esquina da Avenida oferecia vassouras às pessoas que por ali passavam. O curto diálogo entre aquelas duas criaturas me emocionou.

Disse a mulher:

- Moço, passei por aqui de manhã e você estava com estas seis vassouras, já são duas da tarde e percebo que você continua com elas e pelo jeito não vendeu nenhuma.

Respondeu o jovem:

- Ainda não, mas com a graça de Deus vai aparecer alguém pra me comprar pelos menos uma para que eu possa comer, estou com muita fome.

Confesso que o que ouvi daquela senhora só é próprio mesmo de quem tem o coração aberto para fazer o bem, servindo ao próximo.

Disse ela:

- Filho, eu fico com suas vassouras, tome o dinheiro, vá almoçar.

Neste episódio, duas grandes lições. A mulher nos ensinou que apesar da correria que o mundo moderno nos impõe e de nossas preocupações do dia a dia, podemos sim encontrar tempo para estender a mão a quem precisa de ajuda.

Já com o jovem aprendemos que nossa verdadeira fé em Deus não pode permitir que morra em nós a esperança. Quando ele disse que com a graça de Deus iria aparecer alguém para lhe ajudar, ele já estava conversando com a pessoa que Deus havia colocado de volta em seu caminho para lhe comprar as vassouras.

Penso também que quando uma pessoa rica se dispõe a abrir mão de valores em favor dos mais pobres, o próprio Deus provê para que nunca lhe falte condições de socorrer os mais necessitados.

Claro que o valor das vassouras certamente era insignificante para aquela mulher, mas o seu bonito gesto de amor, se preocupando com a fome de um irmão, isto com certeza foi anotado por Deus.

E viva a solidariedade humana. Viva a caridade. Viva o amor.

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