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Sem sinalização à noite, carro cai em rio e vítimas quebram vidro para escapar

O acidente ocorreu na noite deste domingo, 12

Redação AssisCity/ Fotos: Arquivo Pessoal

  • 14/03/17
  • 15:00
  • Atualizado há 370 semanas

Na noite deste domingo, 12, um grupo de quatro amigos de Assis viveu uma situação assustadora. Eles voltavam de um evento beneficente em Cornélio Procópio, no Paraná, quando se perderam no trajeto e caíram com o carro dentro do rio na divisa com o Estado de São Paulo, em Itambaracá.

Priscila de Cássia Nunes, de 22 anos, é uma das passageiras do veículo e contou o que aconteceu.

"Nós estávamos voltando do evento pela rodovia que dá acesso a Palmital. Era mais ou menos 21h30, chovia muito e a visibilidade estava muito prejudicada. Entramos errado em uma das rodovias e seguimos para procurar um trevo onde pudéssemos retornar. Não tinha nenhuma placa de sinalização, nenhum aviso, nada que pudesse indicar que havia um rio à frente. Só soubemos quando o motorista falou 'se segura!'. A gente caiu com o carro dentro do rio e foi quando começou nosso desespero", afirma.

Os outros três passageiros do carro eram Rodrigo Buzzo, de 22 anos; Samuel Ferreira, de 23 anos e Natalia Cristina Nunes, de 15 anos.

Priscila disse que o carro começou a afundar e foi preciso quebrar os vidros para que eles conseguissem escapar.

"O carro começou a afundar e, com o impacto, o vidro da frente quebrou. Começou a entrar água e foi um grande desespero, principalmente porque eu e minha irmã não sabíamos nadar. O motorista abriu as portas para escaparmos e os dois amigos que estavam junto conseguiram nos puxar até a margem e conseguimos voltar para a rodovia. Começamos a ligar para o 190, da Polícia Militar, e caiu na central em Bauru. Pela cidade pertencer ao Paraná, eles falaram que não poderiam mandar nenhum tipo de ajuda e que a gente precisava falar com a Polícia do Paraná", explica.

Ela afirma que ligou para o 190 quatro vezes, pois as alternativas não estavam dando certo.

"A Polícia de São Paulo nos passou um número fixo, com DDD 43. Ligamos, mas não atendia. Retornamos a ligação e eles passaram um outro contato com prefixo 0800, mas a ligação não concluía. Ligamos de novo, pois começamos a ficar desesperados. Tentamos ligar para os Bombeiros também, mas nada deu certo. Na última ligação que fizemos para o 190, o atendente foi muito grosseiro, disse que não poderia fazer nada por nós e desligou o telefone na nossa cara. A bateria do celular estava acabando, era o único aparelho que a gente tinha, pois os outros estavam dentro do carro", diz Priscila.

Diante de todo o desespero, o grupo ligou para a mãe de Priscila para pedir ajuda.

"A gente lembrava que um pouco antes de cair havia uma placa falando que estávamos próximos de Porto Almeida. Como minha mãe é de Cândido Mota, ela foi mais ou menos lembrando o caminho e nos encontrou. Nós fomos chegar em casa já era por volta das 5h. Foi um susto enorme, especialmente pela falta de ajuda para o nosso pedido. E também por não haver nenhuma placa ou sinalização falando sobre o rio, pois é um risco enorme, principalmente à noite, como foi o nosso caso", conclui.

A Polícia Militar foi procurada e informou que o Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo (COPOM) está interligado com todas as Unidades da Polícia Militar do Estado de São Paulo, não havendo interligação com outros estados da Federação, uma vez que cada Unidade Federativa possui sua própria estrutura policial. A PM ainda solicitou que a reclamante os procure para formalizar tal reclamação e para que os fatos possam ser devidamente apurados.

Carro afundou na noite deste domingo, 12

Veículo foi retirado pelos funcionários da balsa no dia seguinte

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