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Apple não consegue encerrar processo sobre 'quebra' do FaceTime

Fabricante é acusada de desativar serviço de videoconferência em iPhones antigos para forçar usuários a comprar modelos novos

G1

  • 31/07/17
  • 14:00
  • Atualizado há 350 semanas

A Apple não conseguiu encerrar um processo em que é acusada de desativar o popular recurso de videoconferência do FaceTime em iPhones mais antigos. A intenção seria forçar usuários a comprar modelos novos do seu smartphone.

A juíza do distrito dos Estados Unidos, Lucy Koh, decidiu na sexta-feira (31) que os donos de iPhones 4 e 4s podem prosseguir com a ação coletiva nacional que acusa a Apple de intencionalmente "quebrar" o FaceTime para economizar dinheiro no roteamento de chamadas através de servidores de uma companhia chamada Akamai.

Nem a Apple nem os advogados dos demandantes responderam imediatamente nesta segunda (31) aos pedidos de comentários.

Acusação contra a Apple

A Apple começou a usar os servidores da Akamai depois de perder um processo em 2012, no qual a VirnetX Holding Corp acusou a tecnologia FaceTime de violar suas patentes.

O testemunho de um julgamento de 2016 sobre esse caso mostrou que a Apple pagou US$ 50 milhões para a Akamai em um período de seis meses.

Os autores da ação disseram que a Apple finalmente criou uma alternativa mais barata para o seu sistema operacional iOS 7 e, em abril de 2014, desativou o FaceTime no iOS 6 e sistemas anteriores.

Koh disse que os demandantes alegaram uma perda mensurável no valor de seus telefones e poderiam tentar mostrar que a conduta da Apple, baseada em Cupertino, Califórnia, constituía uma transgressão e violava as leis estaduais de proteção ao consumidor.

A juíza de San Jose, Califórnia, citou duas vezes o que os demandantes disseram ser email interno do funcionário da Apple, que caracterizava os usuários do iOS 6 como "basicamente ferrados" por causa da desativação do FaceTime.

Ela também rejeitou o argumento da Apple segundo o qual os autores da ação não sofreram perda econômica porque o FaceTime era um serviço "gratuito".

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