Buscar no site

Assisense tem coleção com mais de 400 peças indígenas

A coleção é composta por machadinhas, mãos de pilões, entre outros itens

Especial: Eduardo Oliveira

  • 22/08/17
  • 08:00
  • Atualizado há 347 semanas

O funcionário público estadual do campus da UNESP, de Assis, Alexandre da Silva Senno, de 47 anos, tem um hobby inusitado: ele é colecionador de artefatos antigos de indígenas da região e o seu acervo tem mais de 400 peças, cujas variedades são desde machadinhas e virotes até mãos de pilões, entre outros.

Alexandre acredita que um pouco da sua paixão pela cultura dos índios possa estar relacionada à descendência, visto que sua bisavó é de origem indígena.

"Desde os meus 16 anos, coleciono. Não sei muito bem como começou, a cultura dos índios me fascina, a minha bisavó é indígena, deve ser por isso", afirma.

O colecionador procura as suas peças em vários lugares da região e costuma encontrar os artefatos em diferentes locais.

"Costumo achar em lavouras ; alguns objetos foram encontrados na própria cidade, como um virote que foi achado próximo ao Córrego do Jacu, perto do Walmart; além de um cachimbo de

cerâmica que foi visto na Usina de Reciclagem do Município", conta.

Senno considera que a cultura indígena é pouco valorizada e acredita que suas peças possam servir de acervo para museus.

"Os objetos são de culturas distintas, são muito ricos. As pessoas mais antigas pensam que as machadinhas são pedras de raios; precisa de um estudo profundo para entender, pois os índios usavam diferentes pedras para confeccionar seus objetos, como cílex, calcedônia, arenito e quartzo", diz.

Ele ressalta que, além das viagens semanais que faz para conseguir os seus artefatos, já fez trocas inusitadas com a intenção de aumentar o acervo.

"Muitos objetos eu consigo através de doação de amigos e até trocas, dei algumas galinhas em troca de um virote, e já troquei cédulas antigas em Platina para conseguir objeto indígena",

relata.

O seu conhecimento cresce com pesquisas realizadas na internet e em livros.

"Descobri através de pesquisas que os objetos que tenho são das culturas dos guaranis, kaigangs, e muitas outras", acrescenta.

O amante dos artefatos indígenas está em contato com professores do curso de História da UNESP e espera que algum representante de museu o procure para conhecer o

seu acervo e ajudar na catalogação. Se alguém quiser procurá-lo e conhecer sua coleção, pode ligar para o seu número de celular que é (18) 99736- 5466.

Alexandre mostra seu acervo

Alexandre mostra o cachimbo cerâmica e um osso utilizado pelos indígenas

Confira as fotos:

Receba nossas notícias em primeira mão!

Mais lidas
Ver todas as notícias locais