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Pedagogia hospitalar é importante aliada no tratamento de crianças e adolescentes que enfrentam o câncer e doenças hematológicas

Pacientes do Centro Infantil Boldrini contam com atividades e projetos desenvolvidos por equipe especializada

Assessoria de imprensa

  • 25/09/17
  • 20:00
  • Atualizado há 342 semanas

O processo de internação de uma criança ou adolescente diagnosticado com câncer ou alguma doença do sangue mexe com a rotina de toda a família. E a rotina escolar também é impactada, pois dependendo do quadro, as internações podem ser longas.

Para minimizar o impacto do afastamento da criança de sua rotina escolar, o Centro Infantil Boldrini, hospital referência em toda a América Latina no tratamento de doenças onco-hematológicas em crianças e adolescentes, conta com um setor de Pedagogia estruturado para que os pacientes dêem continuidade as suas atividades escolares, mesmo durante os períodos de internação ou tratamento.

"A Dra. Silvia Brandalise, presidente do Centro Infantil Boldrini, sempre teve o desejo de oferecer um atendimento multiprofissional aos seus pacientes. Foi desse desejo que surgiu, em 2004, a criação do setor de pedagogia do hospital em parceria com a Secretaria de Educação", conta Luciana Mello, pedagoga responsável pelo setor de Pedagogia do Centro Infantil Boldrini.

Hoje o hospital conta com 4 pedagogas, sendo duas responsáveis pela escolaridade das crianças e duas responsáveis pela ludoteca, além de aproximadamente 20 voluntários diretamente envolvidos nas atividades de educação. O Centro Infantil Boldrini conta também com o Setor do Estágio: alunos de graduação de diversas licenciaturas (matemática, português, pedagogia, música, etc.), vindos de diferentes universidades desenvolvem atividades de suas respectivas áreas de estudo junto aos pacientes.

O conceito da classe hospitalar do Boldrini tem como referência os fundamentos da pedagoga hospitalar e pesquisadora Eneida Fonseca, que defende em seus livros e artigos publicados a manutenção do vínculo com a escola de origem através do atendimento pedagógico-educacional hospitalar e a importância da preservação da perspectiva futura da criança voltar para casa e para a escola após o tratamento.

"A escola é a maior rotina que uma criança tem. É na escola que ela cria o vínculo com a vida. Se você abre mão dessa escolaridade, ela perde a referência de futuro. Por isso é importante que as atividades escolares sejam mantidas, para que este paciente volte para a mesma turma e professores quando tem alta médica" - explica Luciana.

A manutenção do ano letivo funciona da seguinte forma: o Setor Pedagógico faz um cadastro, levanta os dados da escola que o paciente está matriculado e entra em contato com a escola para que a parceria seja estabelecida e o material didático usado no setor de Pedagogia do Centro Infantil Boldrini seja aquele que a escola já usava com aquele aluno.

Outras atividades realizadas pelo setor da Pedagogia do Centro Infantil Boldrini são as provas do calendário acadêmico. Hoje já é possível prestar provas do ENEM, provas de vestibular, provas do SARESP (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) ou ainda participar de Olimpíadas de Matemática dentro do próprio hospital.

"Não há nada mais gratificante que ouvir de um professor que o aluno que estava internado e continuou as atividades escolares no hospital retornou à sala de aula muitas vezes com um desempenho superior aos demais colegas. O retorno à escola representa para muitos o sucesso do tratamento", completa a pedagoga Luciana.

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