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Moscas no Brasil podem transmitir bactéria associada à úlcera, diz estudo

Em análise de 116 moscas de diferentes continentes, cientistas encontraram o patógeno 'Helicobacter pylori' em amostras brasileiras

G1

  • 26/11/17
  • 18:00
  • Atualizado há 333 semanas

Moscas podem carregar centenas de diferentes espécies de bactérias prejudiciais aos seres humanos, diz estudo publicado no "Scientific Reports" nesta sexta-feira (24). Pesquisadores analisaram 116 moscas de três diferentes continentes - algumas delas foram coletadas no Brasil.

Nessas amostras do país, pesquisadores encontraram o patógeno Helicobacter pylori, bactéria presente em pacientes de úlcera e gastrite. Até hoje, segundo o estudo, não se considerava que as moscas pudessem ser uma possível rota de transmissão.

As rotas de transmissão mais comuns são a passagem de pessoa para a pessoa por meio da saliva ou o contato direto com vômito ou material fecal. A bactéria também pode ser transmitida por meio de comida e água contaminada.

Quem apresenta sintomas associados à úlcera faz testes para a detecção dessa bactéria.

O que é a úlcera?

A úlcera ocorre quando o estômago perde a camada que o protege e, por isso, começa a apresentar feridas em sua superfície. A condição pode ser causada tanto pela H.pylori quanto por uso abusivo de medicamentos como ibuprofeno e aspirina. Não há evidências suficientes para afirmar que alguns tipos de comida ou estresse elevado levam à doença. O vômito com sangue é um dos principais alertas.

Fonte: Instituto Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS - National Institute of Health, na sigla em inglês)

Moscas estão constantemente expostas à matéria em decomposição porque elas usam fezes e matéria orgânica para nutrir sua prole. Ainda, moscas de ambientes urbanos apresentam a maior quantidade de bactérias.

A maioria dos patógenos é transmitida pelas patas e pelas asas, onde há uma maior diversidade de micro-organismos. Cientistas acreditam que o papel das moscas na transmissão de doenças não tem sido plenamente analisado por autoridades de saúde pública.

O estudo teve a participação de Ana Carolina Jungueira, professora de genética e genoma na Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutora pelo Centro de Ciência Ambiental e Engenharia de Singapura.

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