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Qual é o futuro dos videogames?

  • 25/04/18
  • 11:00
  • Atualizado há 309 semanas

A empresa global de pesquisa e estatísticas Newzoo publicou um relatório com os seus resultados sobre as tendências de mercado nos videogames e os mesmos apontam apenas para um objetivo: os jogos para celular.

A portabilidade é a chave

Os videogames deixaram de lado os mercados tão tradicionais como o cinema ou a televisão, devido às múltiplas opções que oferecem, como a realidade aumentada, a constante evolução gráfica e narrativa dos mesmos, bem como a adição de dispositivos como são os óculos de realidade virtual e as facilidades oferecidas para desenvolvê-los mas, acima de tudo, devido a portabilidade que eles têm dentro dos dispositivos móveis. Esse fato, aliado à grande penetração da telefonia móvel e do uso dos smartphones em países como o Brasil, colocou essa indústria na vanguarda do setor de entretenimento audiovisual em todo o mundo. A este respeito, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking da Newzoo nos países com o maior número de usuários de smartphones, com um total estimado de mais de 79,578.000 usuários, atrás apenas da China, Índia e os Estados Unidos e como resultado disso, é muito fácil encontrar videogames de diferentes gêneros entre os mais comumente jogados pelos gamers brasileiros. Exemplos disso incluem a acção, com o jogo de Player Unknown Battlegrounds (PUBG) da Tencent Games, que e um dos mais populares do mundo e que nasceu em Brasil, segundo a UOL. Os jogos mais casuais incluem puzzles como Deus Ex Go, um jogo de quebra-cabeças da Square Enix onde o jogador tem o papel dum agente secreto, ou jogos de cassino móvel, com roleta, blackjack e slots temáticos que atraem fãs de franquias como Game of Thrones ou Jurassic Park. Dentro dos jogos esportivos, um dos mais chamativos é o FIFA 18 Mobile, da EA, que põe uma das sagas de videojogos com mais vendas nas consolas de uma versão portátil. A Newzoo também oferece uma análise do perfil do gamer brasileiro e destaca que 41% dos mais de 63 milhões de jogadores ativos no país são mulheres e a maioria delas tem entre 21 e 35 anos. Além disso, o 48% do total dos jogadores também visualizaram cotidianamente o conteúdo de vídeo de outros gamers entanto eles jogam videogames. Com base nas rendas geradas pela indústria dos videogames, estima-se que em 2018 o Brasil vai ultrapassar os 1,5 bilhões de dólares, principalmente devido ao grande número de usuários de smartphones, que ajudaram a posicionar ao Brasil no 13º lugar do mundo dos melhores mercados para os videogames.

O mercado global dos videogames

De acordo com a pesquisa realizada pela empresa especializada Newzoo, o mercado de games global teria um valor de renda maior dos 116 bilhões de dólares em 2017 e pela segunda vez, mesmo como em 2016, os jogos móveis ainda lideram a lista, com uma renda superior a os 46,1 bilhões de dólares, os quais representam um 42% do mercado global e deixam para trás a os consoles com 31% do mercado e a os computadores com apenas 27% do mercado. A projeção global para o 2020 é que o mercado global dos videogames ultrapasse os mais de 143 bilhões de dólares. Ao desagregar os dados incluídos nesse relatório, se encontra que a região da Ásia-Pacífico é de longe aquela que gera mais rendas e tem mais impacto na economia dos videogames, com o 47% da renda total global, seguida pela América do Norte, com 25% do total da mesma. No lado da América Latina, as rendas mais elevadas para a indústria dos videogames estão no México, com mais de 1400 milhões de dólares que o posicionam no 12º lugar a nível mundial, seguido pelo Brasil na 13ª posição, com mais de 1.324 milhões de dólares gerados; depois deles estão a Argentina no número 25 e a Colômbia no lugar número 34 da lista. Outros destaques dados desta análise são que a China e os Estados Unidos são os países que consomem mais videogames, com rendas totais que ultrapassam os 27 bilhões de dólares para os asiáticos, e mais de 25 bilhões de dólares para os americanos. Colocando esses números em contexto, o impacto econômico que a indústria de videogames teve no segundo maior mercado (os Estados Unidos) em 2016 foi de mais de 11 bilhões de dólares no produto interno bruto do país.

Em um mundo onde algumas pessoas consideram os seus smartphones como prioridades nas suas vidas diárias, os gamers estão movendo seu campo de jogo da casa para as ruas, ou seja, o número de jogadores que o fazem a partir de um computador desktop, laptop ou uma consola de videogames, está diminuindo drasticamente, e os mesmos números que estão sendo reduzidos nestas áreas vão aumentado exponencialmente nos seus homólogos portáteis, com os smartphones para a cabeça por causa da facilidade que eles oferecem no dia a dia, permitindo além do acesso a os jogos móveis, o uso das redes sociais para entrar em contato com o mundo e são a principal fonte de sugestões sobre os hábitos de consumo das pessoas.

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