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Nossa solidariedade aos bancários e às vítimas do ódio

1º de Maio

PT Assis

  • 02/05/18
  • 20:00
  • Atualizado há 311 semanas

O mundo atual nos assusta: ataques, infanticídios, seqüestros, planos de assassinato em massa, estupros...

Assusta ou estamos nos tornando insensíveis porque "não foi aqui", "não conheço as vítimas", "não foi meu vizinho nem meu parente"?

Pensamos uns minutos ou algumas horas, lamentamos, fazemos alguma prece e voltamos a sentar em frente à TV onde, com certeza, seremos notificados de novos acontecimentos, igualmente marcados pelo ódio.

Esse ódio não parece ser um mero sentimento individual, merecedor de maior atenção (ou tratamento) pelo indivíduo que reage dessa forma às suas frustrações.

É um sentimento que se permitiu desenvolver e tomar o vulto já globalizado e que entra em todos os lugares através das inúmeras telas e senta-se ao nosso lado, esperando nossa adesão.

Se quisermos preservar nossa condição humana é fundamental que não olhemos esses acontecimentos passivamente.

Eles nos dizem respeito. A todos nós que vivemos numa sociedade dividida por classes, credos, cor da pele, origem geográfica, escolhas pessoais de modo de vida.

Aceitamos negros, pardos, nordestinos, homossexuais, desde que não tirem a lasca maior desse "latifúndio" chamado sociedade neoliberal e patriarcal.

Gostemos ou não, foi um nordestino com um dedo amputado que criou fama no latifúndio universal porque buscou e nos mostrou como se faz para que a igualdade entre as pessoas comece a ganhar forma.

Mas um ódio contagiante, irracional, doentio, ataca pessoas de todas as camadas sociais que aderiram ao modelo neoliberal em suas vidas, porque ainda não conseguiram entender que somos todos iguais.

Não é para isso que muitos fazem orações?

Os empregados dos bancos no Brasil enxergam todos os dias no seu trabalho como a sociedade -portanto, nós todos- é explorada pelos juros e acachapantes taxas de mercado.

O Sindicato dos Bancários de Assis, que, historicamente, defende políticas contrárias ao neoliberalismo, foi violentado em tudo o que significa de humano: espaço de lutas, de organização, de pensamento crítico.

Não são as máquinas.

E ousou colocar em suas paredes o ícone de tudo o que se deseja para uma sociedade humana e igualitária.

O ódio não suportou ver ali estampada a foto de alguém que poderá desfazer as barreiras que nos separam dos outros brasileiros que mantém o poder, que exploram seus trabalhadores até o último suor de suas vidas, que expropriam nossa natureza, que se regozijam com a venda de nossos bens naturais.

Dentro dessa onda de ódio que vem crescendo no país, a sede do Sindicato dos Bancários de Assis e Região, na semana passada, foi alvo de ameaça e ataques em função da luta empreendida em defesa dos trabalhadores e da democracia, que vem sendo destruída no país após o golpe de 2016.

Inicialmente, arrancaram cartazes que convidavam a população a participar da grande manifestação programada para Curitiba, no Estado do Paraná, no dia 1º de Maio, com a participação de todas as centrais sindicais brasileiras.

Logo depois, atacaram a sede do Sindicato com pedras e ovos. Tão logo o fato foi identificado, a diretoria do Sindicato lavrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil para que os autores sejam identificados e devidamente punidos.

A diretoria acredita que a Polícia Civil chegará aos autores dessa agressão fascista, e para ajudar, entregou aos policiais um vídeo onde aparecem os autores.

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Assis lamenta que a disseminação do ódio no Brasil, levado a cabo por operações federais vergonhosas e divulgadas incessantemente pela grande mídia, principalmente pela Rede Globo de Televisão, leva as pessoas a adotar esta cultura que ameaça seriamente o que resta de democracia no Brasil.

Não vamos nos acovardar e continuaremos lutando para que o Estado de Direito venha a reinar no Brasil novamente.

Nossa solidariedade às vítimas do ódio.

Partido dos Trabalhadores

Diretório Municipal de Assis

1º de Maio de 2018

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