Assim que a greve dos caminhoneiros acabar, adivinhe quem vai pagar a conta?
A greve dos caminhoneiros chegou ao décimo dia na quarta-feira, 30 de maio, quando começou a retomada gradual do abastecimento e a redução dos pontos de bloqueio, com um possível enfraquecimento do movimento.
Na terça-feira, 29, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) divulgou uma nota em que afirmava que a greve dos caminhoneiros foi "extraordinária", mas que o movimento começava a sofrer um desgaste desnecessário. O documento apontava que a pauta de reivindicações - entre os itens a redução do preço do diesel e uma nova política de preços para os fretes - foi plenamente atendida pelo governo.
Para encerrar a greve de caminhoneiros, uma das reivindicações da categoria que foi atendida é o fim da cobrança de pedágio para eixos suspensos de veículos que circulam vazios. A decisão não deixou claro quem vai pagar a conta - o próprio governo federal mencionou a possibilidade de subsidiar, usando dinheiro público para isso. Outro problema da canetada é que ela não tem o poder de alterar o que está estabelecido nos contratos de pedágio e, sendo assim, as concessionárias não pretendem abrir mão, de graça, de receber um valor substancial em tarifas.