Brasil, país do desemprego e da informalidade
Brasil tem 13,4 milhões de desempregados e mais 10 milhões na informalidade, ou seja, mais de 23 milhões sem carteira assinada e, portanto, sem direitos garantidos
A reforma trabalhista do golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) veio definitivamente para
criar um mercado de trabalho informal, sem garantias, direitos ou carteira assinada. É o que
mostram todas as pesquisas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) desde que a nova legislação trabalhista entrou em vigor em novembro do ano passado.
O número de empregos com registro em carteira chegou a 32,7 milhões de pessoas. Trata-se
do menor número de carteira assinada de toda a série da pesquisa, iniciada em 2012.
Enquanto isso, cresce o número de trabalhadores informais, sem carteira assinada ou que
trabalha por conta própria.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Assis e região, Helio Paiva Matos, os dados do
IBGE mostram que as taxas recordes de desemprego e geração de trabalho precário e informal
se tornaram o cenário do mercado de trabalho brasileiro desde o golpe de 2016, um desastre
para a classe trabalhadora do país.
Segundo ele, além do fim da CLT e da legalização de formas fraudulentas de contrato de
trabalho, a condução da política econômica, ou a falta dela, é uma catástrofe e tem agravado o
cenário de desemprego e falta de expectativa da população brasileira.
"O aumento dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha acima da inflação, causando uma
paralisação no país, que o governo não consegue resolver porque não sabe nem com quem
negociar, é um reflexo dessa política equivocada e da incompetência de Temer", disse Helio, se
referindo à política de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras e, também, as
confusões aprontadas pelo governo que chegou a anunciar duas vezes o fim da paralisação dos
caminhoneiros depois de negociar com grupos que a categoria diz que não os representa. "A
recessão está destruindo as contas públicas e as famílias brasileiras estão sentindo isso no
orçamento no dia a dia", finaliza.