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Com salários atrasados, Atlético Assisense pode não entrar em campo em jogo neste domingo

Presidente do clube confirma dificuldades financeiras e acredita em solução

Redação AssisCity/ Fotos: Divulgação

  • 19/06/18
  • 18:00
  • Atualizado há 301 semanas

O futebol assisense está vivendo dias de crise. No início desta semana, o presidente do Clube Atlético Assisense, Beto Credin, divulgou uma carta aberta aos jogadores explicando as dificuldades que o time tem enfrentado, especialmente em questões financeiras.

A equipe do AssisCity entrevistou Credin na tarde desta terça-feira, 19. Ele confirmou que alguns atletas não compareceram aos treinos e propôs um acordo com os jogadores.

"Infelizmente é bem verdade que estamos passando por dificuldades que fizeram com que nós atrasássemos os salários tão merecidos pelos jogadores. Apesar disso, eles não foram dispensados e não havia motivo para fazer isso. Eles são excelentes atletas e vínhamos fazendo uma boa campanha. Estamos apenas com alguns problemas financeiros que não chegam a R$7 mil no total, com um atraso salarial de quatro jogadores e três membros da comissão técnica, o que é algo um pouco comum dentro dos 40 clubes da Segunda Divisão", afirma.



Segundo Credin, são dois meses de salários atrasados e ele acredita que os valores poderão ser pagos após o próximo derbi.

"Tanto os três membros da comissão técnica quanto os quatro atletas estão com dois meses de salários atrasados. Apesar disso, temos total certeza que no próximo derbi entre o Atlético Assisense e o VOCEM nós teremos um bom público e tudo será plenamente quitado. Se isso não ocorrer, continuaremos em busca de uma solução plausível", salienta.

Os jogadores não voltaram aos treinamentos e, segundo Credin, alguns abandonaram o alojamento.

"Os jogadores não voltaram aos treinamentos por exigirem a quitação do débito, mas estamos vendo as melhores condições de fazer isso. Ofereci um belo alojamento na região central da cidade, além de um ônibus para transporte dos atletas, tudo com pagamento em dia. Também são oferecidas quatro refeições diárias, com café da manhã, almoço, jantar e um lanche noturno. Quanto a isso, ninguém pode reclamar, mas coordenados por alguém, soube que eles abandonaram o alojamento e ainda não sei sobre seu paradeiro", explica.

Dos jogadores de fora, o Atlético Assisense conta com um de Marília, um de Cornélio Procópio, um de Rondônia e um da Bahia.

Uma situação preocupante é que o time tem um jogo contra o Santacruzense neste domingo, 24. Caso os jogadores não entrem em campo, o clube pode sofrer penalidades.

"Caso a gente não coloque o time em campo, iremos sofrer uma pesada multa por WO. Se não tivermos atletas o suficiente para entrarmos em campo, sofreremos o segundo WO durante o derbi contra o VOCEM e este seria o fim do clube, pois ficaríamos suspensos por dois anos, segundo as normas da Federação Paulista de Futebol, além de sofrer uma pesada multa. Estou até me propondo em ir para o sacrifício também e estar na partida como treinador, para completar mais uma função em prol do clube. Se no derbi tivermos mil pessoas, a renda poderá salvar nosso time e assim as dívidas serão quitadas", salienta.

Ao final da carta aberta aos jogadores, Credin ressalta que espera contar com todos os jogadores.

"Vamos terminar o campeonato como começamos, ou seja, dignamente, sem covardia e representando muito bem a nossa querida cidade de Assis e sua família. Espero contar com todos vocês", conclui.

Beto Credin, presidente do Atlético Assisense

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