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Homem de Maracaí morre com sintomas suspeitos de febre maculosa

Em julho deste ano, criança de 8 anos faleceu em decorrência da doença

Redação AssisCity/ Fotos: Redes Sociais

  • 06/09/18
  • 08:00
  • Atualizado há 293 semanas

Um homem de 44 anos morreu nesta quarta-feira, 5, com suspeita de febre maculosa. Marcos Campos da Silva procurou atendimento médico em Maracaí, cidade onde morava, e após a realização de exames foi encaminhado já em estado grave para a UTI do Hospital Regional de Assis (HRA). Apesar disso, ele não resistiu e faleceu durante a madrugada.

De acordo com a mãe de Marcos, Alice de Souza Campos, os primeiros sintomas foram de muita dor no corpo, o que parecia ser reumatismo.

"Há um mês mais ou menos, o Marcos começou a sentir muita dor nas juntas e no corpo. Achamos que fosse reumatismo, fizemos exames de sangue, mas não acusou nada. Na perna dele eu percebi que saíram algumas bolinhas escuras e ele teve febre. Depois as dores se acalmaram e ele começou a sentir como se tivesse gripado, com tosse, um pouco de febre, mas nada que o fizesse deixar de trabalhar", afirma.

Alice conta que, no último final de semana, o filho começou a se sentir muito cansado. A partir daí, os sintomas ficaram mais graves e evoluíram rapidamente.

"De uns quatro dias para cá, eu percebi que ele estava muito cansado. Ele procurou o médico na manhã de segunda-feira, 3. O primeiro médico que atendeu disse que poderia ser uma irritação na garganta e receitou antialérgico. O Marcos voltou à tarde e à noite, quando a médica achou que fosse pneumonia. Nesse momento ele já estava tossindo sangue e ela pediu que voltássemos na terça-feira bem cedo para fazer um raio-X. Depois desse exame, ela viu que o pulmão estava totalmente comprometido. Ele sentia tanta fraqueza que não conseguia ficar em pé, mas deitado estava aparentemente estável. Ainda na terça-feira ele foi piorando e no final da tarde foi transferido para a UTI do Hospital Regional, em Assis", salienta.

Alice afirma que os médicos do HRA suspeitaram de febre maculosa e também H1N1, mas a doença não foi diagnosticada a tempo.

"O médico do Regional nos chamou e disse que a suspeita era de febre maculosa ou H1N1. Ele falou que os exames seriam feitos para tentar diagnosticar, mas infelizmente não deu tempo. O Marcos faleceu por volta das 2h e agora estamos aguardando o laudo que vai poder dizer a causa da morte. Meu filho trabalhava na usina e pode ser que tenha tido contato com o carrapato estrela, que é o transmissor da Febre, mas só o laudo indicará com certeza", diz.

A reportagem do AssisCity entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Maracaí. Em nota, a assessoria de imprensa informou que "o paciente foi internado em Maracaí, e após exames, encaminhado para Assis, onde ficou na UTI até o falecimento. Foram pedidos exames para confirmação da causa da morte, como dengue, febre maculosa, leptospirose e H1N1, já que os sintomas são semelhantes para estas doenças. A confirmação deve vir por volta de 15 dias", conclui.

O corpo de Marcos foi encaminhado para Marília, onde passará por exames necroscópicos. O velório deverá ser realizado em Maracaí, mas a família aguarda a liberação do corpo.

Outro caso

No dia 15 de julho deste ano, o pequeno Kauã Francisco dos Santos, de 8 anos, morreu após ter contraído febre maculosa.

A princípio, havia suspeitas de que o paciente estaria com dengue hemorrágica, mas a hipótese foi descartada. De acordo com o Instituto Adolf Lutz, os exames apontaram que a criança faleceu em decorrência da febre maculosa. O resultado foi divulgado no dia 27 de julho e a Vigilância Epidemiológica de Assis foi informada, já que Kauã faleceu no HRA.

A investigação do caso, bem como de possíveis áreas de risco para a febre maculosa, é de responsabilidade da Vigilância Epidemiológica de Maracaí, já que era o município de residência do paciente e onde ele provavelmente contraiu a doença.

Marcos Campos da Silva faleceu aos 44 anos com suspeita de febre maculosa

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