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Após investigação, Polícia Civil elucida homicídio de Fabi Xablau

Pistas foram detectadas por luz forense e estão sendo analisadas pelo Instituto de Criminalística

Redação AssisCity/ Fotos: Divulgação

  • 25/09/18
  • 20:00
  • Atualizado há 291 semanas

Nesta terça-feira, 25, o Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-8) divulgou uma nota trazendo mais detalhes sobre as investigações da morte da assisense Fabiana Martins, a Fabi Xablau, de 16 anos.

De acordo com o Departamento, a vítima foi encontrada já sem vida, com o corpo parcialmente queimado, na zona rural de Assis. Posteriormente, o laudo de exame de corpo de delito necroscópico concluiu que as queimaduras foram produzidas posteriormente e que a causa da morte foi asfixia mecânica por esganadura.

A Polícia Civil já havia prendido temporariamente dois dos principais suspeitos, um rapaz de Assis e um homem de 33 anos, que é mototaxista.

As câmeras de monitoramento nas proximidades da residência de Fabiana e do local onde o corpo foi abandonado, aliadas ao trabalho de investigação, foram imprescindíveis para a identificação, esclarecimento e prisão dos investigados.

"Imagens captadas por câmeras de segurança de residências vizinhas a casa da vítima, confirmaram que na madrugada do crime o rapaz esteve nas imediações, fato também confirmado por uma testemunha. Dando prosseguimento nas investigações, foi identificado o mototaxista, que juntamente com o outro suspeito foram os últimos a manter contato com a vítima. Desde o inicio o homem faltou com a verdade e apresentou várias versões, no entanto ficou claro que conhecia muito bem a vítima e em uma das oitivas relatou que esteve com ela na madrugada do crime, descrevendo exatamente a roupa que ela trajava", afirma a nota.

Os dois suspeitos também foram vistos na esquina da casa da vítima, o que reforçava o vínculo entre eles. Também foram identificadas câmeras de segurança no local onde o corpo de Fabiana foi encontrado, sendo captadas imagens de um veículo equipado aparentemente com aerofólio, igual ao utilizado no veículo do homem, o qual foi apreendido e periciado.

"No interior do porta malas foram encontrados fios de cabelo e uma mancha no carpete detectada por luz forense, a qual está sendo analisada pelo Instituto de Criminalística de São Paulo. A motivação do crime foi o ciúme doentio que o rapaz nutria em relação ao seu namorado, fato confirmado na madrugada do crime, quando o acusado foi até a rua da casa da vítima com a intenção de surpreendê-los", explica.

Os investigados negaram a prática do crime, mas diante das provas acostadas nos autos, as prisões temporárias dos investigados foram convertidas em prisões preventivas, os quais permanecem à disposição da Justiça.

O crime

O corpo de Fabiana foi encontrado por moradores no dia 23 de julho, na Estrada Água da Pinga, nas proximidades do Aeroporto de Assis. A princípio, eles não sabiam que se tratava de uma jovem, mas ao se aproximarem constataram o fato e acionaram a Polícia Militar.

A jovem estava deitada de barriga para baixo e apresentava partes do corpo queimadas, além de sinais de agressão. Ao lado da vítima também foi encontrado um vasilhame contendo combustível.

Fabiana era conhecida como Fabi e tinha o apelido de Xablau. Há alguns anos ela morava em Assis e chegou a estudar na Escola Estadual Léo Pizzato, no Jardim Paraná.

O padrasto da jovem foi até o Instituto Médico Legal (IML) de Assis, onde fez o reconhecimento devido a uma pulseira, os cabelos e uma tatuagem no braço direito.

No porta malas do carro foram encontrados fios de cabelo e uma mancha no carpete

Fabiana Martins, a Fabi Xablau

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