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Eleições 2018 e o futuro da democracia

COLUNISTA/OPINIÃO - Por Hélio Paiva Matos

Hélio Paiva

  • 11/10/18
  • 15:00
  • Atualizado há 288 semanas

Por Hélio Paiva Matos

As eleições de 2018 formaram o Congresso mais reacionário das últimas três décadas. Ganhará força o programa que defende corte nas políticas sociais, rebaixamento dos salários, precarização do trabalho, violência como solução para a criminalidade, aumento de impostos para os que ganham menos, privatizações, ataque à Previdência Social e outras pautas desfavoráveis aos interesses da maior parte da população.

Para as maiorias, o que interessa são as possibilidades de ascensão social por meio da garantia de emprego digno e aumento salarial, a defesa da aposentadoria e a ampliação de direitos. Mas é exatamente o contrário daquilo que reza a cartilha da austeridade e do liberalismo arcaico defendido pelo programa conservador.

Colocar limites à barbárie que se desenha depende da resistência da cidadania organizada dos partidos que defendem o fortalecimento da democracia e dos movimentos que se articulam pelos direitos trabalhistas e sociais.

A democracia é o regime político que garante o respeito às liberdades individuais, bem como às opiniões divergentes e às demandas dos mais frágeis e das minorias. Permite também mecanismos independentes de fiscalização e punição contra desvios dos mandatários.

A atual Constituição Federal brasileira completou 30 anos de existência no dia 5 de outubro assegurando o mais longo período de estabilidade institucional da história republicana brasileira. A carta foi concebida após duas décadas de ditadura que aprofundou a já abissal desigualdade social brasileira e impôs aos trabalhadores, impedidos de se organizarem em sindicatos livres, a eliminação de direitos e o arrocho salarial.

A data é celebrada em meio a atual campanha presidencial caracterizada por uma candidatura que defende a perda de direitos dos trabalhadores, flertam com o autoritarismo e o desprezo pelas regras democráticas. Segundo pesquisa Datafolha, para 69% dos eleitores, o regime democrático é a melhor forma de governo para o país.

Muito mais do que uma eleição presidencial, o que está em jogo é o futuro da democracia, das liberdades individuais e dos direitos sociais. Um choque entre civilização e barbárie. O Sindicato estará nessa luta sempre.

Helio Paiva Matos, presidente do Sindicato dos Bancários de Assis e região

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