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Paciente de Palmital alega ter recebido receita médica em rascunho; médico afirma que era anotação

Família afirma ter levado paciente até a UPA de Assis, onde ele foi medicado

Redação AssisCity/Foto: Divulgação

  • 06/11/18
  • 12:00
  • Atualizado há 284 semanas

O pintor Gerson Gazola, de 44 anos, é morador de Palmital e passou mal neste sábado, 3. Ele procurou a Santa Casa do município e alega que, ao passar pelo plantão médico, não foi medicado, além de ter recebido uma receita em um papel de rascunho, sem assinatura nem carimbo do médico.

Segundo sua irmã, Elisangela Gazola, a família questionou o médico sobre a não medicação, mas ele disse não ver necessidade.

"Eu e minha cunhada, que é enfermeira, ficamos indignadas, porque o médico não deu sequer um soro para o meu irmão. Ele já tinha sinais de desidratação e estava vomitando há dois dias, além de evacuar bastante, mas o médico disse não ver necessidade. Além disso, nós recebemos uma receita feita em um papel de rascunho, depois de insistir muito. Ele se recusou a medicar meu irmão e a receita parecia um bilhete, não tinha identificação nenhuma, parecia uma anotação, não uma prescrição médica", comentou a irmã.

Segundo ela, o irmão chegou a voltar para a casa, mas como estava passando muito mal, retornou à Santa Casa.

"O médico sugeriu que a gente procurasse outro médico, para ter uma segunda opinião. Ele omitiu socorro e por isso pediu para procurarmos outro médico. Nós decidimos trazer o Gerson até a UPA de Assis, onde ele foi medicado com soro e também recebeu uma receita para continuar com a medicação, totalmente diferente da postura do médico de Palmital", acrescentou a irmã.

Nem a irmã, nem a esposa do paciente procuraram a administração da Santa Casa de Palmital para reclamar.

"Não cheguei a procurar a administração do hospital, mas procurei me informar na portaria da Santa Casa de Palmital e na Secretaria de Saúde, mas eles nada podem fazer. Então decidi abrir uma denúncia no Conselho Regional de Medicina, já que a situação preenche os requisitos, pois mesmo uma receita sem carimbo, deve ter pelo menos o nome do médico e seu credenciamento por extenso. Vamos montar um ofício, protocolar, e formalizar essa reclamação, pois isso é um absurdo", alegou a irmã.

Procurado pelo AssisCity, o médico, que não quis se identificar, explicou que realizou um ato médico, dentro de seu pleno exercício de função, entrando em desacordo, posteriormente, com a companheira do paciente, sobre o diagnóstico.

"Ela é uma ex-funcionária da instituição, que não é médica e não concordou com as indicações que fiz, gerando essa polêmica. Aquele papel não era uma receita, ela rasgou as anotações e eu poderia até entrar com Boletim de Ocorrência. Se ela julgar necessário, que fique à vontade para procurar seus direitos", justificou o médico.

A redação do AssisCity também procurou a Santa Casa de Palmital, que contesta a versão da família do paciente, alegando que o médico não forneceu receita e que este papel, dito rascunho, é a anotação médica feita durante a consulta.

Papel rasgado e postado pela irmã do paciente em sua rede social

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