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Política do novo governo vai rebaixar o salário mínimo, afirma Sindicato dos Bancários de Assis

COLUNISTA

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  • 30/11/18
  • 18:00
  • Atualizado há 277 semanas

Ao final do mandato de quatro anos, Bolsonaro pode entregar o Brasil com o salário mínimo

desvalorizado como era nos anos 1980 e 1990. "O abismo social se agravará ainda mais",

alerta o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Assis e região, Fábio Escobar.

A Política de Valorização do Salário Mínimo, que ajudou a aquecer a economia, incentivou o

consumo, aumentou a massa salarial da classe trabalhadora e dos aposentados e foi um



importante instrumento de combate à pobreza, corre o risco de ser extinta no governo de Jair

Bolsonaro.

Se não fosse a atual política que reajusta o salário mínimo com base na reposição da inflação

mais a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, o salário

mínimo valeria praticamente metade dos R$ 954 atuais. Isso significa que o valor seria de, em

média, R$ 540. Em um ano, a diferença de R$ 400 na renda mensal acumularia um prejuízo no

bolso dos trabalhadores e trabalhadoras de R$ 5 mil.

Escobar alerta que o fim desta política de recomposição do salário mínimo ampliará a crise

social e econômica pela qual passa o país. E o pior, diz ele, é que penaliza especialmente os

mais pobres. "Garantir a ampliação da massa salarial é garantir também a dinamização da

economia e o aumento do consumo que faz a roda da economia girar. Quando o trabalhador é

mal remunerado, o consumo cai, não há vendas, não há resultados. E todos saem perdendo,

mas especialmente os mais pobres que dependem de um salário mínimo digno para

sobreviver".

Ele dá como exemplo o custo do botijão de gás que varia entre R$ 80 e R$ 90, hoje equivalente

a 10% do salário mínimo. "Com a política de preço de reajuste dos combustíveis sem controle,

a tendência é que dentro de pouco tempo, o mesmo botijão deve significar mais de 20% do

orçamento do assalariado. Muitas famílias são dependentes de apenas um salário mínimo e

com essa possível realidade, o que realmente sobra para a sobrevivência?"

Secretário geral do Sindicato dos Bancários de Assis e região, Fábio Escobar

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