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Natal: serias tu capaz de viver a mesma vida para sempre?

COLUNISTA - Isabella Nucci

Isabella Nucci

  • 03/12/18
  • 17:00
  • Atualizado há 277 semanas

Ah dias de festas... Noites que passam num piscar de olhos... Acordamos e já começa o Natal: enfeites luminosos, pessoas felizes, crianças brincando e idosos confraternizando. E não é um tempo de graça? Ora, mas é claro! Não só fazemos do nosso espírito um lar para as estrelas como também compartilhamos de um brilho único, um brilho que incendeia novas paisagens e lindos poemas.

Nos tornamos a própria essência. Voltamos a ser bons. E a existência, dócil e tranquila, dá luz às melodias, jingles e orações... Tempos estes, de louvor ao supremo amor, fecham algumas portas pequenas dando espaço para se abrirem magníficas janelas. Olhamos de frente, encantados, o futuro. Plantamos a semente que, no jardim dos nossos planos, torna-se um fruto cheio de cores e bem maduro.

Ó sim, povo bem-aventurado, graças às sutilezas em abundância do clima natalino, nossas forças não mais se reduzem nem acabam em pranto. Afinal, esse lindo conto fabuloso que permeia nossa fé, ora! Faz parte, é claro, das crenças mais ricas em humildade, justiça e sabedoria. Aliás, Jesus ou seja lá quem Ele realmente for, o supremo construtor do universo, sim, nos deu a vida e deseja que a tenhamos em seu nome.



Sua vontade é a pureza de todas as almas. Pois quando nos convertemos à luz, nossos guias espirituais e também nosso poder interior de mover montanhas, ah, eles fortalecem cada passo que damos rumo à eternidade. Mas a conversão, neste caso, não se refere às doutrinas sagradas. E sim ao irradiante momento do qual permitimos a entrada imediata do perdão e da compaixão dentro de nós. Pode ser o instante em que oramos. Pode ser a hora em que descobrimos o significado d'uma paixão. Ou pode ser, em resumo, a superação de nossos piores erros que se transformam nos melhores aprendizados.

Enfim, digníssimo leitor, o amor a Deus não está filiado ao teu passado. O próprio filho de Deus, durante sua peregrinação terrestre, nunca em momento algum julgou alguém pelo o que já passou nem ao menos indagou ao povo sobre o que houve noutros tempos. Não. Ele foi e para sempre há de ser o portador magnífico do agora e do hoje. Ou seja, o presente que surge em todas as manhãs, bem-vindo ou indesejável, é uma vida inteira que, no decorrer de suas 24 horas, nos dá oportunidades únicas para evoluir e conquistar verdadeiras dádivas provindas intrinsecamente do renascimento constante.

Portanto, perdoe-se e tu aprenderás a perdoar o teu próximo. Ame-se e tu saberás amar. Andes e também ajudes que caminhem os filhos de Deus. Marches para frente. Nunca na direção contrária. Tenhas em mente que a partir do Natal nasce uma nova Era, uma chance que apenas uma vez por ano te permite a reconciliação consigo mesmo e a consequente empatia pelo mundo.

Saibas que todos, sem exceção, passam por tragédias, dores e muito sofrimento. Quase não paramos para refletir sobre isso porque o ser humano, inevitavelmente egocêntrico, chega ao ponto de ser egoísta até quando sofre. Isto é, pensa que a própria dor merece mais atenção do que as demais. Somente lembra-se disso: tudo o que é do pó ao pó retornará. Não quero ser pregadora nem dar sermão de igreja. Mas digas-me tu que me lês agora: viverias por toda a eternidade essa tua mesma vida? (...)

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