Não falo de amor
Tampouco de amizade
Apenas confesso a dor
Da pessoa que fere com maldade
Sim, é um alguém muito sofrido
E sofreu tanta calúnia
Que, arruinado em sua fé, tornou-se comparativista
Tombou de frente com a verdade
A mesma que o deixa com repulsa
Até que vira e mexe a quer fora de sua vida
Posso imaginar que não é fácil mesmo
Perder quase toda família
Ser roubado/torturado
Pelo anfitrião que tem "mau cheiro"
Ou pelo homem que bebe pinga
O dia inteiro
Ah, o seu próprio filho
Vingou uma certa causa
Algo que ele acha lindo
Porque de fato não há poesia
Nem cura para a doença
Cuja culpa ele arrasta
Amaldiçoando a própria existência
Infelizmente não passa d'um escravo
Um escravo satisfeito do próprio carro
Viajando sempre na mesma estrada
Rumo a um preço mais barato
Do que a dor que lhe custou a própria alma
Alma que vive (ainda) arrependida e apaixonada
O fato d'ele ter construído
Ó tantas coisas
Significa, querendo ou não, uma casa alugada
Enquanto as poucas pessoas
Ah que verdadeiramente o amam
Acabam todas magoadas
Algumas sobrevivem/persistem
E até pagam suas contas
Porque elas vivem ó sim
O mesmo filme - a mesma história
Mas depois querem de volta
A própria ajuda enfim