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Ato em Defesa da Educação reúne manifestantes no Centro de Assis

O ato reuniu manifestantes na praça da Catedral nesta quarta-feira, 15 de maio

Redação AssisCity/ Fotos: AssisCity

  • 16/05/19
  • 10:00
  • Atualizado há 257 semanas

Nesta quarta-feira, 15 de maio, foi organizado em Assis um Ato em Defesa da Educação, convocado por professores, funcionários e estudantes da cidade e da região.

O grupo se concentrou na praça da igreja Catedral e depois seguiu em passeata pela Avenida Rui Barbosa em direção à praça Arlindo Luz.

A vice-coordenadora da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Silvia Helena Decleva, considera que a manifestação é contrária a proposta do presidente Jair Bolsonaro, que prevê cortes de verbas na área da educação.

"Somos contra o corte de verbas na educação e também contra a reforma da previdência. A Educação precisa de investimentos e cortar verbas neste setor é uma covardia que pode resultar em um apagão intelectual. O direito à educação é constitucional e vamos lutar com todos os meios possíveis. Esta é a primeira manifestação, mas acreditamos que não será a única", ressalta.

Já a professora Mariana Rosseto Santos, integrante da executiva da Apeoesp, ressalta que o povo se levantou contra a proposta do presidente.

"Participam do ato professores, alunos, pais de alunos. Nós não imaginávamos que em 2019 precisaríamos juntar forças para lutar pela educação. Sabemos que um país se desenvolve com investimentos nessa área. Os países de primeiro mundo investem em educação, pesquisas e em professores. As pesquisas beneficiam a sociedade, e devem continuar. Um povo sem educação vai sofrer com menos saúde, menos segurança e menos capacidade de lutar", considera.

"O Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) sofreu corte de 47% em todo o Brasil. O Fundo é destinado à promoção de políticas públicas para a educação básica e secundária nos municípios e estados. Tem, também, o objetivo de repasse de acréscimo no salário dos professores que, em média, chega a R$ 350,00 na renda dos docentes. Os municípios precisam desta verba", salienta.

"Ficamos felizes em ver que o provo brasileiro está mostrando que educação é tudo. A luta não é só dos professores e é maravilhoso ver que a população está do lado da educação. Vamos continuar na luta como sempre fizemos", conclui.

Ao menos 222 cidades do Brasil, segundo levantamento do G1, tiveram manifestações, nesta quarta-feira (15), contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC). Houve atos em todos os estados do país e também no Distrito Federal.

Universidades e escolas também fizeram paralisações, após a convocação de uma greve de um dia por parte de entidades ligadas a sindicatos, movimentos sociais e estudantis e partidos políticos. Os atos foram pacíficos.

Foi a primeira grande onda de manifestações durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, pouco mais de quatro meses após ele ter tomado posse. Em Dallas (EUA), Bolsonaro classificou os manifestantes de "idiotas úteis" e "imbecis". Mais tarde, por meio do porta-voz Otávio Rêgo Barros, disse que as manifestações de "legítimas e democráticas, desde que não se utilizem de violência, nem destruam o patrimônio público".

A TV AssisCity acompanhou o ato e você pode conferir o vídeo completo abaixo:

Os manifestantes percorreram o centro da cidade com faixas e cartazes alertando a população sobre os cortes

Centenas de pessoas participaram da manifestação

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