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O ano ainda promete

  • 25/07/14
  • 11:00
  • Atualizado há 508 semanas

Nos últimos dias, o comentário que mais se houve é de que os meses de junho e julho são os piores para todas as atividades. Todos estão chiando e muito.

Na verdade, tudo por causa da Copa do Mundo, a copa das copas.

Durante um mês, viveu-se fora do mundo.

No entanto, ao final, ficaram as ilusões, os estádios magníficos e inigualáveis, as obras públicas superfaturadas, algumas necessárias, outras supérfluas. E, sempre, concluídas às pressas, de qualquer jeito,

A "pressa" é a velhae conhecida maneira de explicar os custos altíssimos, muito além do previsto, para deleite de políticos e funcionários corruptos e para folgança de empresários inescrupulosos, em que o suborno é moeda de troca.

No entanto, ilusões maiores estão à vista. Terminou a Copa, mas de novo,e com absoluta certeza, a avalanche da fantasia cairá sobre nós.

O campeonato agora é outro, ou seja, oda eleição presidencial, desta vez com onze candidatos, como se compusessem uma daquelas seleções em que os jogadores empurram e puxam a camiseta simulando um abraço.

Também haverá eleição para governador, senador e deputados, e a fantasia vai se ampliar.

Para quem ainda não teve a curiosidade de contar são32 partidos ou sejaum aglomerado de gente compondo balcões de negócios em torno dos lucros do poder, e a publicidade substituindo as ideias e doutrinas.

E já se tem a concepção de que "vender" um candidato é como "vender" refrigerante ou sabonete.

Em breve, as promessas e irrealidades invadirão nossos casas, pela televisão As fantasias preparadas pelos "marqueteiros" inventarão programas de governo e projetos absurdos e inconsequentes.

Aliás, como sábios papagaios, os candidatos (ou quase todos), repetirão pela TV as frases dos seus gurus, vindo de renomodas agencias de propaganda e marketing. E tentarão induzir o povoa crer que são verdades!

Haverá quem se lembre das manifestações de rua, dos problemas enfrentados pela população com saúde, segurança, ou entãodos pedidos de reforma política e o fim da corrupção?

Sem dúvida, 2014 ainda promete!

*Henrique H. Belinotte - advogado do Escritório Belinotte&Belinotte advogados

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