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Casa Transitória recebeu mais de 800 pessoas desde sua fundação

Segundo Roberto, o número de mulheres que vão ao local em busca de abrigo tem sido muito grande.

Redação Paraguacity.com

  • 29/07/14
  • 09:00
  • Atualizado há 507 semanas

Fundada há cerca de um ano e meio em Paraguaçu Paulista, a Casa Transitória tem como finalidade receber pessoas que estejam de passagem pelo município, oferecendo higiene, alimentação e abrigo.

Desde que iniciou as atividades, mais de 800 pessoas já procuraram pelo serviço no município. De acordo com um dos fundadores da entidade, Roberto Marques, pessoas de diversos perfis passam pelo local, inclusive com formação universitária. Geralmente quando chegam à casa, os migrantes estão muito necessitados do acolhimento.

"A gente recebe as pessoas, elas são fichadas e depois encaminhadas ao banho, onde tem bucha, sabonete, aparelho de barbear, chinelo, toalha, pijama e geralmente a roupa que eles chegam a gente joga fora porque está imprestável, e a situação em que eles chegam é desumana, triste", lamentou.

Segundo Roberto, o número de mulheres que vão ao local em busca de abrigo tem sido muito grande, o que não era comum até então.

"Uma coisa que nos causa muita estranheza é o número de mulheres que está aumentando muito, há um ano aparecia uma por mês, no máximo duas, agora a semana passada por exemplo teve cinco", explicou.

A Casa Transitória começa a receber os migrantes por volta de 16h. Além do banho, eles também recebem alimentação de qualidade.

"Após o banho vai ver televisão e depois a gente serve o jantar, que é uma sopa, salada e suco e pelo regimento da casa, às 21h essas pessoas devem se repousar, então temos voluntários que pousam lá e o pessoal vai dormir", detalhou.

O fundador da instituição explica que é possível aprender muitas lições com os migrantes que vão ao local e contam suas histórias. "São verdadeiros professores da vida para a gente, você não imagina o quanto a gente aprende lá", disse Roberto, destacando o sofrimento dos acolhidos. "As identidades deles, por exemplo, nunca vem com o nome do pai, o que prova que já tem um problema, e a gente nota que normalmente são problemas de família", disse.

Outro detalhe que Roberto Marques faz questão de ressaltar é que a Casa Transitória não costuma receber os moradores de rua que vivem em Paraguaçu Paulista, especialmente porque este não é um interesse deles. "A maioria deles são alcoólatras e dependentes químicos, e eles sabem que lá não tem isso", afirmou.

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