Mulher chama PM de 'macaco', vai presa, mas é solta ao pagar R$ 300

Uma cabeleireira, de 35 anos, foi presa em flagrante por injúria racial contra um policial militar na madrugada de quinta-feira (8) em Piracicaba (SP). A mulher chamou o cabo da corporação, que é negro, de 'macaco'. A agressão ocorreu após a mulher ser abordada com documentação irregular, durante patrulhamento de rotina na cidade. Ela foi presa, mas pagou fiança de R$ 300 e foi liberada.

Ainda de acordo com informações da Polícia Civil, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da mulher estava vencida há cerca de um ano. Os soldados, que realizavam a operação de rotina, solicitaram que o veículo dela fosse guinchado, conforme procedimento comum nesse tipo de infração.

A reportagem conversou com o policial militar, conhecido como Cabo Wilson, de 46 anos. Ele relatou que é a quarta vez que é insultado. "Trabalho na corporação há mais de duas décadas e fico muito triste porque essa situação de preconceito se repete", lamentou.

O policial relatou ainda que, durante a ocorrência, a mulher fez menção à morte de policiais militares, como a do sargento que foi executado com dois tiros na cabeça, nesta quarta-feira (7), em um ponto de ônibus de Sumaré (SP). "Ela disse que eu deveria ter o mesmo fim", contou.

A agressão, segundo o cabo, não foi apenas verbal. "Ela me deu um soco na boca e precisou ser imobilizada", disse. O cabo e a cabeleireira passaram por exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) de Piracicaba (SP).

Caso de injúria racial foi apresentado no 1º Distrito Policial de Piracicaba (Foto: Thainara Cabral/G1)