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Câncer de cabeça e pescoço é segundo tipo com maior incidência entre os homens e o quinto mais comum entre as mulheres

Os tumores de cabeça e pescoço mais frequentes são da cavidade oral e da laringe

Assessoria Omint

  • 22/07/20
  • 11:00
  • Atualizado há 195 semanas

São Paulo, 22 de julho de 2020 - No dia 27 de julho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização, Prevenção e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, anualmente, são mais de 550 mil casos novos no mundo. Só no Brasil, segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 23 mil novos casos são registrados todos os anos, e a maior incidência está relacionada ao uso excessivo de tabaco e bebidas alcoólicas.

No país, os tumores de cabeça e pescoço mais frequentes são da cavidade oral e da laringe. "A infecção pelo HPV é um importante fator de desenvolvimento do câncer de faringe. Uma das formas de contágio por essa infecção é por meio da prática do sexo oral e em pessoas com múltiplos parceiros sexuais. Nos últimos anos, principalmente no território da faringe, houve um aumento de tumores relacionados ao papiloma vírus, por isso incluir o sexo seguro como forma de prevenção para a população também se faz necessário", declara Dr. Marcos Loreto, diretor Técnico Médico da Omint e cirurgião de Cabeça e Pescoço.

Diagnóstico precoce pode salvar vidas

O câncer de boca, laringe e demais locais é o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Nas mulheres, prepondera o câncer da tireoide, sendo o quinto mais comum entre elas. No entanto, os tumores de cabeça e pescoço podem ser assintomáticos no princípio da doença. Segundo Dr. Loreto, a orientação é de tornar habitual a observação de gengivas, bochechas, céu da boca, língua e região abaixo da língua.

Além disso, os principais sinais que devem ser observados são lesões que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas vermelhas ou esbranquiçadas, nódulos no pescoço e rouquidão persistente. "Nos casos mais avançados, também há dificuldade na fala, mastigação e no ato de engolir, além da sensação que há algo preso na garganta. Dessa forma, para que o câncer seja detectado e diagnosticado da forma mais precoce possível, é imprescindível que o indivíduo observe os sinais e procure um cirurgião de cabeça e pescoço assim que notar qualquer ferida na boca e garganta que não cicatriza há mais de 15 dias", esclarece o médico.

Avaliação clínica e tratamento

Quanto à tireoide, a presença de nódulo endurecido, associado a gânglios aumentados no pescoço ou ao sintoma de rouquidão, pode ser indicação de um tumor maligno na região. O médico esclarece que os tumores de cavidade oral, se diagnosticados no início e tratados de forma adequada, a maioria dos casos - que pode chegar a até 80% - pode ser curável. "Normalmente, o tratamento inclui cirurgia e radioterapia, tanto de forma isolada quanto associada. Os dois procedimentos têm bons resultados nas lesões iniciais, que são aquelas restritas ao local de origem. A indicação clínica depende localização do tumor e das alterações funcionais que podem ocorrer durante o tratamento", explica Dr. Loreto.

Em relação ao câncer na tireoide, o tratamento normalmente é cirúrgico. A retirada total ou parcial do órgão, conforme o caso, costuma ser o tratamento de escolha. No entanto, dependerá das características do tumor, como tamanho, invasão de estruturas, presença de lesão fora da tireoide, além do sexo e idade do paciente. Dr. Loreto ainda complementa que, em casos de cânceres que apresentem disseminação para gânglios no pescoço, o tratamento do tumor primário deve ser associado à retirada deles de maneira sistemática, que é o esvaziamento cervical ganglionar. A complementação terapêutica com o iodo radioativo deve ser sempre considerada em pacientes com tumores diferenciados, classificados como de alto risco e submetidos à retirada total da tireoide.

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