Especialista em Medicina Esportiva destaca importância dos exercícios físicos na terceira idade
Com uma rotina de exercícios o metabolismo do corpo flui melhor
A expectativa de vida está aumentando em todo o mundo e já existem provas de que o ser humano pode viver até os 100 anos de idade. Mas, sem dúvida nenhuma, o importante é que se chegue lá com boa qualidade de vida. Muito importante, também, é a forma como se chega aos sessenta e como se cuida do corpo até então.
Segundo o médico especialista em Medicina Esportiva, Dr. Sebastião Júlio Rodrigues Junior, exercícios regulares, realizados periodicamente e bem orientados, ajudam a manter uma boa qualidade de vida, diminuindo a chance de morte por problemas cardiovasculares.
"Os exercícios ajudam-nos a manter a autoestima e o bem-estar físico e mental, garantindo uma vida mais feliz e produtiva. Aumentam e mantêm a resistência e a força muscular para atividades comuns do dia a dia, quando o processo natural, com o passar dos anos, seria a sua diminuição ou perda", destaca o médico.
Exercícios x Metabolismo
A partir dos 40 anos, geralmente, o metabolismo começa a declinar, havendo uma tendência à perda de massa óssea (osteopenia/osteoporose) e ao aumento de gordura corporal. Através de um programa de exercício é possível manter boa porcentagem de gordura corporal, combatendo a obesidade e evitando, ou retardando, o surgimento do diabetes da maturidade (ou tipo II).
"Exercícios adequados possibilitam a redução da perda da massa óssea e, em alguns casos, a recuperação da mesma, com menor risco de sintomas ou fraturas. Os músculos e ossos voltam a ser fortes, eliminando os riscos de quedas fáceis e de fraturas de fêmur e de quadril, tão temidas após os sessenta anos", explica Sebastião.
Portadores de patologias das mais variadas, não só do sistema cardiovascular, beneficiam-se da prática regular de exercícios físicos, podendo haver até redução no uso de medicamentos. Exemplos disso são alguns hipertensos, que diminuem, ou suspendem, o uso de alguns medicamentos; e ainda depressão menos frequente e menos intensa naqueles que praticam atividade física regular, principalmente quando em grupo de pessoas com idade, ou patologias, semelhantes, em que ocorre uma intensa socialização e o surgimento de novos interesses e amizades.