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Greve de caminhoneiros pode ocorrer no dia 1º de fevereiro

Segundo o presidente do CNTRC, Plínio Dias, uma nova greve de caminhoneiros vem sendo discutida desde dezembro. Sobretudo por causa do descaso do Ministério da Infraestrutura.

Estadão

  • 14/01/21
  • 17:00
  • Atualizado há 169 semanas

Uma nova greve dos caminhoneiros está marcada para 1º de fevereiro. O motivo seria o descaso do governo em relação às reivindicações dos caminhoneiros autônomos.

A informação é do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Além da Associação dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava).

A CNTRC informa que representa 26 entidades de caminhoneiros. Assim como reúne 30 mil motoristas. da Associação dos Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA),

No Brasil há 1 milhão de caminhoneiros com registro de Transportador Autônomo de Carga (TAC). Conforme dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

Greve de caminhoneiros pode ocorrer no dia 1º de fevereiro
Greve de caminhoneiros pode ocorrer no dia 1º de fevereiro

Caminhoneiros têm pauta com 10 itens

Segundo o presidente do CNTRC, Plínio Dias, uma nova greve de caminhoneiros vem sendo discutida desde dezembro. Sobretudo por causa do descaso do Ministério da Infraestrutura.

Em suma, o setor tem uma pauta com dez reivindicações. Eles (Ministério) disseram que iriam marcar uma reunião no começo do ano .Mas, até agora, nada, diz Dias.

A princípio, o ponto mais importante é a defesa da constitucionalidade da Lei 11.703 de 2018. Ou seja, a validade da regra que instituiu uma política nacional de valores mínimos de pagamento do frete.

A lei foi uma das conquistas da greve de caminhoneiros de 2018. No dia 21 de maio daquele ano, teve início uma paralização que durou dez dias. Com isso, o Brasil inteiro colapsou por falta de produtos como combustíveis, alimentos e medicamentos.

Alta do diesel desencadeou greve de caminhoneiros em 2018

Segundo a categoria, a constitucionalidade da lei foi contestada por associações como a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Assim, o caso está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com os caminhoneiros, a indefinição criou uma brecha jurídica. Nesse interim, não há fiscalização do pagamento mínimo pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Antes de mais nada, é preciso lembrar o que levou à paralização de 2018. Tudo começou por causa dos seguidos reajustes dos preços do. O litro do combustível subiu mais de 50% em 12 meses.

Caminhoneiros cobram reajuste do valor do frete

Do mesmo modo, a redução do preço do diesel faz parte da atual lista de reivindicações. Assim como aposentadoria especial, o marco regulatório do transporte e mais fiscalização por parte da ANTT. Sobretudo com relação ao cumprimento da tabela de frete e à contratação direta pelos embarcadores.

A tabela teve reajuste negativo em julho, de 11% a 15%. Isso porque o preço do diesel caiu por causa da pandemia. Porém, os preços voltaram a subir e não houve ajuste, afirma Dias.

Para o presidente da Abrava, Wallace Landin, o governo está desrespeitando a categoria. Conhecido como ?chorão?, ele disse ao Estradão que o Brasil vai parar de novo.

Caminhoneiros se queixam de frete baixo

Segundo chorão, o movimento já teve a adesão de sindicatos dos Estados do Mato Grosso, Paraná e Rio de Janeiro. A gente está perdendo os direitos conquistados com a greve de 2018, diz.

Além disso, chorão diz que os embarcadores não estão repassando o INSS aos caminhoneiros. Os caminhoneiros também estão arcando com o pedágio, que não é responsabilidade nossa.

O sr. Marcone, como é conhecido um dos líderes da categoria em Recife, reforça a queixa acerta do valor do frete. Estamos sendo roubados porque ninguém respeita o piso mínimo. Estou fechado com vocês nessa paralisação, afirma.

De acordo com ele, a greve de caminhoneiros não tem caráter político. Vamos brigar para que o governo faça cumprir e fiscalize o (pagamento do) piso mínimo. Não vamos forrar cama para Bolsonaro dormir (sic), diz.

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