Empresário acusa população por Assis regredir para fase vermelha que obriga fechamento do comércio
Empresário considera que comerciantes e funcionários do comércio serão prejudicados
O empresário Marcos Paulo Tebaldi, proprietário da Academia Pride, considera que o aumento na contaminação do COVID-19 é de responsabilidade de parte da população e que a regressão da região de Assis à fase vermelha do Plano São Paulo e o fechamento do comércio prejudicam não apenas os comerciantes e funcionários do comércio, mas sim todo o município.
"Assis não possui grandes indústrias, sua arrecadação vem principalmente dos pequenos comércios, que movimentam a economia do município, empregando grande parte da população, e do pagamento de impostos, e o fechamento do comércio prejudica a todos", considera.
Marcos acredita que a regressão da região à fase vermelha do Plano que determina o fechamento do comércio é de responsabilidade de parte da população, que não respeitou o isolamento e continuou frequentando festas que foram realizadas de forma clandestina.
"O que notamos é um aumento de pessoas viajando para a praia, super lotação em festas, realização de festas clandestinas, o não uso de máscaras nestes ambientes, e acredito que foi isso que causou o que estamos vivendo agora: as taxas de ocupação hospitalar em níveis máximos em toda a região, muitas vidas sendo perdidas e seus familiares sofrendo. Infelizmente, agora quem está sendo responsabilizado é o comércio que não tem culpa", destaca.
Marcos ressalta que a eficácia do fechamento do comércio como medida de combate ao COVID-19 é questionável.
"De julho até dezembro trabalhamos com toda a precaução para que todos tivessem o maior nível de segurança possível. Nós do ramo de academias por exemplo, fizemos toda a sinalização informando sobre a necessidade do uso de máscaras e do uso do álcool em gel, mantemos todos os aparelhos limpos constantemente com álcool 70%, e quando constatamos um número excessivo de alunos, pedimos para que parte deles aguardassem do lado de fora das academias, temos feito o possível", pontua.
Marcos considera que neste período em que o comércio pode trabalhar, as taxas de ocupação de UTI não estavam em seus níveis máximos e nunca estiveram superlotadas. Os índices de pacientes que necessitaram de atendimento hospitalar também se mantiveram dentro das possibilidades de atendimento.
Marcos reforça que o fechamento do comércio não irá resolver o problema da pandemia e sim causar outros transtornos para a população e cidade de Assis.