Buscar no site

"Salvar vidas é a maior demonstração da presença de Deus entre nós", afirma o médico Marcelo Sávio Paiva do Amaral

Ele trabalha na Santa Casa de Assis, Hospital Regional, HMA, e na Prefeitura como clínico, emergencista e em UTI

Redação AssisCity

  • 03/04/21
  • 09:00
  • Atualizado há 159 semanas

Hoje o Portal AssisCity em parceria com a Santa Casa de Assis apresenta mais um herói da pandemia da instituição, representando seus profissionais da saúde, do Brasil e de todo o mundo, que estão na linha de frente no combate à COVID-19. São eles que arriscam suas vidas, afastam-se de seus familiares, fazem horas e horas de plantões e vibram quando salvam vidas.

Hoje herói da pandemia é o médico intensivista Dr. Marcelo Sávio Paiva do Amaral, de 53 anos, nascido na capital paulista, casado e com três filhos. É formado desde 2012 pela UNOESTE de Presidente Prudente, onde reside, e divide diariamente muitas horas de trabalho com a estrada.

O médico, que já permaneceu por cerca de 90 horas ininterruptas dentro de um hospital, agora está em casa, em repouso forçado, após contrair o novo Coronavírus. "Estou no final do isolamento e bem. Minha esposa também foi contaminada e segue isolada também". O médico aguarda cumprir essa fase para retornar à rotina de salvar vidas.

divulgação - Dr. Marcelo Sávio Paiva do Amaral
Dr. Marcelo Sávio Paiva do Amaral

Salvar vidas! Isso é o que motiva Dr. Marcelo, que escolheu a profissão médico porque sua base familiar sempre esteve voltada para ajudar o próximo: "Tive uma formação familiar, em que meus pais passaram a vida toda ajudando os mais necessitados. Minha mãe, enfermeira e meu pai diretor de escola, ambos funcionários públicos, tiveram 5 filhos biológicos e mais 5 adotados, aí já começa o desejo de ajudar o próximo que flui de Deus. Todos os dez filhos foram tratados com igualdade, no amor e no material. E na medicina, vi a oportunidade de poder seguir parte destes ensinamentos, ajudando os necessitados, em especial, os mais pobres financeiramente".

E assim segue fazendo o médico que trabalha na Santa Casa de Assis, Hospital Regional, HMA, e na Prefeitura como clínico, emergencista e em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e nesse momento de pandemia a dedicação e o desprendimento são maiores ainda e pegou todo mundo de surpresa e nunca havia passado pela cabeça de profissionais da saúde, nem tampouco da humanidade que hoje os aplaude de pé e deles depende.

"Essa Pandemia, foi algo que nunca imaginei, estando na frente de trabalho desde o início. Trabalhando com esforço sobrenatural, dia e noite, salvando muitas vidas, aliviando e confortando outros. Perdi amigos e parentes, algo que nos entristece muito", revela o médico.

Além desse sentimento de tristeza por perder familiares e amigos, ainda há o sentimento que envolve toda uma classe: "Os profissionais de saúde se encontram esgotados e muito abalados emocionalmente".

Apesar desses sentimentos de tristeza e de esgotamento e abalo emocional, resta a fé que os sustentam, em especial quando uma vida é salva. "Salvar vidas é algo que não encontro palavras para descrever. É a maior demonstração da presença de Deus entre nós", diz o médico com emoção, que se dedica, nessa pandemia, mais em salvar vidas do que conviver com familiares.

"Já fiquei 90 horas dentro de um hospital. Essa condição abala o convívio com familiares, que tem sido muito restrito, principalmente agora que minha esposa também contraiu COVID-19 e se encontra também em isolamento. Meus filhos, nesse período, têm ficado muito isolados em seus quartos, com contato muito restrito", finaliza o médico.

Isolamento. Filhos nos quartos. Pais com COVID. Uma realidade que a humanidade ainda está aprendendo a conhecer.

Profissão médico: uma profissão que muitos ainda estão tentando redescobrir para salvar vidas.

Receba nossas notícias em primeira mão!