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"Entregar um paciente para família é o que nos sustenta", assegura a enfermeira Flávia Malar Vasconcelos

Flávia trabalha na UTI da Santa Casa de Assis

Redação AssisCity

  • 06/04/21
  • 17:00
  • Atualizado há 155 semanas

Hoje o Portal AssisCity em parceria com a Santa Casa de Assis apresenta mais um herói da pandemia da instituição, representando seus profissionais da saúde, do Brasil e de todo o mundo, que estão na linha de frente no combate à COVID-19. São eles que arriscam suas vidas, afastam-se de seus familiares, fazem horas e horas de plantões e vibram quando salvam vidas.

Hoje o herói da pandemia não é um herói. É uma heroína: Flávia Malar Vasconcelos de 30 anos, enfermeira desde 2011, com especialidade em UTI adulto, que trabalha na Santa Casa de Assis.

A enfermeira que tem se dedicado aos cuidados com pacientes contaminados com o novo Cornavírus, em estado grave que precisam ocupar leitos em UTI, já chegou a trabalhar horas e horas seguidas sem um segundo de descanso salvando vidas.



Mas nem uma jornada intensa e sem descanso fazem Flávia desanimar, pois para ela "a enfermagem é o cuidado e o acolhimento; é ciência; é a profissão mais completa. Para mim a enfermagem é uma missão".

E que missão! Afinal, nesse momento de pandemia Flavia acredita em missão. Missão dada por Deus: "maior que nossos planos são os propósitos que Deus permite e eu estou aqui nesse momento para cumprir o Seu chamado".

Mas, esse chamado é também um desafio, tal como "manter minha equipe forte, conseguir passar segurança, tendo em vista que todos estão com medo". Assim Flavia segue trabalhando. Fortalecendo-se em Deus e fortalecendo sua equipe e sua equipe a ela. Afinal, Flávia sempre, assim como outros profissionais da saúde, é tão encorajada e guiada por uma força divina. Não fosse isso ela teria sonhado outra profissão, o que não condiz com sua realidade: "a enfermagem me escolheu. Eu nunca tive o sonho de ser policial ou aeromoça. Acredito que fui escolhida pela enfermagem. Mas, nunca imaginei viver essa pandemia".

Divulgação -
"Entregar um paciente para família é o que nos sustenta", assegura a enfermeira Flávia Malar Vasconcelos

A enfermeira que tem visto muitas vidas serem ceifadas pela COVID, considera a "morte um processo natural, mas ver o sofrimento de tantas famílias que perdem um ente querido é muito triste".

Por outro lado, como toda moeda tem dois lados, a vida sempre fala mais alto e a felicidade de ver uma pessoa vencer a doença é o que dá suporte para uma equipe inteira.

"Sempre que acompanhamos a evolução de um paciente comemoramos e agradecemos a Deus pela alta. Entregar um paciente para família é o que nos sustenta", diz Flávia emocionada, que ainda relata sobre o estado emocional dos profissionais da saúde.

"As equipes estão cansadas, sobrecarregadas emocionalmente. O medo e a incerteza da própria saúde e de seus familiares", revela a enfermeira. A prova do medo e da incerteza afeta diretamente o convívio com a família e com as pessoas que ama. "Minha filha não convive mais com a avó paterna por precaução em função da idade dela. Também não temos mais encontros em família, como aniversário ou um simples almoço juntos. Isso nos dói, mas precisamos nos precaver e respeitar as restrições impostas por essa pandemia. Vai passar!", finaliza Flávia, esperançosa em ver o fim desse momento que assola vidas mundo afora.

Na próxima edição você acompanha mais um herói ou heroína da saúde!

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