Olá Robô! Tudo Bem?...
COLUNISTA - Carlos R. Ticiano
Tudo o que se tem falado sobre os robôs, com relação ao que já fazem ou virá a fazer no
futuro, não é nenhuma utopia. Com o avanço das pesquisas, realizadas e desenvolvidas pela
tecnologia robótica, cada vez mais, uma quantidade de atividades, serão incorporadas a esta
máquina robotizada.
O que vai mudar na vida das pessoas? Só o tempo poderá dizer. Vamos ter que nos adaptar ao
convívio diário com o robô no trabalho, no trânsito, no restaurante, no supermercado, no
shopping center e em tantos outros segmentos da sociedade. A sua presença no nosso dia a
dia, será inevitável. Queira ou não queira, não temos como fugir desta realidade.
Os robôs são programados para executarem movimentos rápidos, padronizados e eficazes em
uma linha de produção industrial. O trabalho executado até então pelo ser humano, sem
dúvidas, sofrerá um impacto muito grande. A robotização também irá assumir outras funções.
Como fazer pequenos reparos domésticos. Anotar pedidos de clientes em uma pizzaria. Servir
as pessoas em uma cafeteria, lanchonete, sorveteria. Varrer o quintal e a calçada em frente da
casa. Colocar o saco de lixo na lixeira, para ser retirado pelo lixeiro. Levar o cachorro para
passear. Organizar e controlar o estoque das empresas. Fazer a faxina pesada da casa. Orientar
o trânsito caótico nos horários de pico. Repor e organizar os produtos nas prateleiras dos
supermercados...
Você deve ter achado graça nesta relação de tarefas. E ficado visualizando essas cenas de uma
forma descrente e preocupado. Imaginando que vamos ser substituídos pelos robôs no trabalho que executamos no escritório, no comércio, no banco, na fábrica e nas tarefas domésticas. Calma! Isto não vai acontecer. Não entre em pânico, o robô vai apenas agregar e não substituir as pessoas. A nossa geração, é que talvez não vá presenciar tudo isso. Afinal, para chegar à era dos "Os Jetsons", vai demorar um pouco ainda.
Não é possível programar um robô para agir exatamente como um humanóide. Apenas o ser
humano tem sentimentos e consegue situar-se no lugar do outro, para sentir e compreender
as suas necessidades. O robô, não tem senso crítico e vai apenas executar com precisão uma
série de tarefas. Não tem capacidade de avaliar e por em prática, se for preciso, as mudanças
necessárias. Não vai tomar iniciativas em fazer algo inovador, pelo qual não foi programado.
O robô, não sabe como agir diante de um obstáculo. Não tem capacidade de liderança, não são
criativos e não conseguem visualizar o futuro. Não são inovadores a ponto de assumirem riscos
em novas empreitadas. Não são visionários, com habilidade e competência de criarem
caminhos alternativos. Não são emotivos, não tem sensibilidade e não sabem se expressar e
dialogar sobre qualquer que seja o assunto. Não vai se arriscar a fazer algo diferente.
A arte de criar, questionar e alterar a rotina na tentativa de mudar alguma coisa, tornando a
tarefa mais produtiva e funcional, é uma habilidade exclusiva do ser humano. Por mais que
sejam eficazes, dinâmicos, práticos, perfeitos e produtivos, não passam de uma máquina.
Idealizada e controlada pelos seres humanos, no sentido de apenas ajudá-los na rotina diária.
O mundo não vai ser invadido pelos robôs, como aconteceu no filme "Planeta dos Macacos",
onde o ser humano se tornou uma raça inferior e submissa aos macacos. Por isso, podem
dormir sossegados. Apenas ao se levantar, não se esqueçam de dizer: Good Morning, Robô!...