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A prioridade deve ser as pessoas, diz Sindicato dos Bancários de Assis

COLUNISTA - Sindicato dos Bancários de Assis e Região

Divulgação

  • 02/11/19
  • 18:00
  • Atualizado há 229 semanas

Nos últimos meses, a América Latina vive uma onda de insatisfação popular contra governos que adotam políticas neoliberais, que priorizam apenas o mercado em detrimento das populações.

O Equador se insurgiu contra cortes nos direitos dos trabalhadores, perdão de dívidas de grandes empresas, empréstimo do FMI e fim dos subsídios aos combustíveis, o que levou a um aumento de 120% no preço do diesel. Diante dos protestos, o presidente Lenin Moreno revogou o fim dos subsídios aos combustíveis. A mobilização continua.

Já os chilenos tomaram as ruas contra medidas neoliberais. Contra um modelo de previdência capitalizada - no qual a cobertura é de apenas 17,2% da população (no Brasil é de 62,3%) e 80% dos aposentados recebe menos de um salário mínimo, o que levou o índice de pobreza entre idosos acima de 65 anos a 11,1% (no Brasil é de 5,3%) - e contra a privatização ampla de serviços públicos e recursos naturais.



Diante dos gigantescos protestos, o governo divulgou um pacote de medidas que inclui: revogação do reajuste do metrô; aumento nas aposentadorias; elevação dos impostos para os mais ricos; estabilização da tarifa de energia; ajuda mínima de 350 mil pesos chilenos (cerca de R$ 1.970) para trabalhadores com jornada completa que tenham salário inferior a esse valor; além de pedir a renúncia de ministros. A mobilização continua.

Já a Argentina deu um sonoro não às políticas neoliberais de Maurício Macri ao eleger presidente, em primeiro turno, o oposicionista Alberto Fernandez.

No Brasil, desde novembro de 2016 o país segue a cartilha neoliberal. Vieram PEC da Morte, que congelou investimentos públicos por 20 anos; reforma trabalhista, que cortou direitos dos trabalhadores, não resultou em geração de empregos e precarizou contratos; e a aprovação da reforma da Previdência, que fará os brasileiros trabalharem mais para receber menos; além do desmonte e privatização de empresas públicas.

"Quando analisamos os rumos adotados pelo Brasil nos últimos anos, as semelhanças com as políticas neoliberais que levaram aos protestos pela América Latina são gigantescas. Essas mobilizações e seus resultados mostram que é possível, com a pressão das ruas, barrar retrocessos nos direitos sociais e dos trabalhadores. Que nos inspiremos e possamos fazer com que o Estado brasileiro volte a priorizar as pessoas", conclui o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Assis e região, Fábio Escobar.

Divulgação - Fábio Escobar, secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Assis e Região
Fábio Escobar, secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Assis e Região

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