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Os riscos da intolerância e do comportamento extremista

COLUNISTA - Professor Thiago Hernandes

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 25/11/19
  • 12:00
  • Atualizado há 230 semanas

Com a consolidação da fase atual do processo de globalização, esperava-se que as "distâncias" materiais e imateriais que separavam pessoas e lugares viessem ser plenamente superadas, visto que os avanços nos meios de comunicação e circulação possibilitaram maior mobilidade e conectividade de forma jamais vista até então. Entretanto, não é isso que se enxerga plenamente, visto que algumas barreiras ao invés de serem superadas, tornaram-se ainda mais intensas.

Em tempos de ânimos tão exaltados, não é estranho presenciar em reuniões de diferentes naturezas pessoas se atritando e muitas vezes se ofendendo mutuamente tão somente em decorrência de não concordarem com o ponto de vista do outro.

Dentre os manifestos mais recorrentes de intolerância, citam-se: homofobia, polarização política/partidária, injúria racial, intolerância religiosa, machismo.

Cabe a necessidade de esclarecer que discussão não é exercício de convencimento, mas sim um momento em que pessoas com ideias divergentes ou convergentes debatem sobre as mesmas, podendo ou não ter mudanças de entendimento.

Ninguém é obrigado a concordar com o outro, mas desde que o pensamento alheio não viole direitos humanos fundamentais, é necessário que haja respeito ao que o outro pensa e/ou faz!

Mas diante destes apontamentos, pergunta-se: o que está levando a este aumento da intolerância e dos extremismos? Muitas são as possíveis respostas, mas alguns elementos são inquestionáveis, tais como o empoderamento do entendimento da pós-verdade, a circulação de notícias falsas (fake News), a banalização da violência que, dentre outros fatos contribuem para tal crescimento.

Faz-se deveras importante que todos passem a rumar para uma direção em que a tolerância, o respeito às pluralidades sejam realidades efetivas no cotidianos das ações, e não somente um fator restrito ao campo dos ideais.

Se nada for feito para efetivamente enfrentar estes problemas, a sociedade corre um risco de que cada vez mais a intolerância que alimenta o extremismo e as barbáries, ceife a liberdade, a felicidade e a vida das pessoas, quando não matando, deixando profundas sequelas por toda sua existência.

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