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Sindicato negocia e bancários não vão trabalhar aos sábados

COLUNISTA - Sindicato dos Bancários de Assis e região

Ello Comunica

  • 01/12/19
  • 14:00
  • Atualizado há 228 semanas

Foi realizada na terça-feira, 26 de novembro, uma negociação de quase 10 horas entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos sobre a proposta que neutraliza os efeitos da MP 905. O trabalho aos sábados somente será permitido se houver negociação com o movimento sindical como é hoje. O Comando apresentou uma proposta de aditivo à CCT que garante os direitos, a jornada e impede a redução salarial da categoria.

O Sindicato dos Bancários de Assis e região está junto nesta luta e se coloca totalmente contrário ao cenário atual. "Episódios como estes ressaltam a importância do Sindicato. Temos que continuar unidos e organizados contra os ataques deste governo, pois temos capacidade de barrar retrocessos", afirma o secretário geral do Sindicato, Fábio Escobar.

É lamentável o que está acontecendo com os trabalhadores no Brasil. A grande maioria dos brasileiros vive o drama do endividamento e não têm condições de pagar suas contas, enquanto os bancos continuam obtendo lucros estratosféricos ano após ano. E o motivo para este alto endividamento são as taxas de juros cobrados em mais de 300% ao ano dos tomadores de crédito bancário, além das tarifas cobradas para manutenção da conta e qualquer prestação de serviço pelos bancos, cujo montante cobrado este ano é superior a R$ 25 bilhões, sendo que esse montante é apenas uma parte dos mais de R$ 60 bilhões, o lucro dos 5 maiores bancos do país em apenas 9 meses.

São recursos que saem do bolso das famílias e também das empresas e do próprio governo e vai diretamente para o caixa do setor financeiro. "O Brasil tem um dos maiores spread bancários do mundo, representa a diferença entre a taxa que os bancos cobram da população nos empréstimos e a taxa que eles pagam para captar nosso dinheiro, como a poupança, CDB, fundos, etc. Isso leva o sistema financeiro ter lucros bilionários mesmo quando a economia não vai bem, como estamos vivenciando neste momento com atual governo", afirma Fabio Escobar.

Os bancos brasileiros que deveriam ser um grande instrumento do crescimento e desenvolvimento social do país, financiando com taxas decentes os setores da indústria, comércio e agronegócio, vem desempenhando um papel que visa somente a alta rentabilidade, em que a consequência é a elevação dos custos para todos os segmentos da produção com reflexos diretos no desemprego dos trabalhadores.

Divulgação - Secretário geral do Sindicato, Fábio Escobar
Secretário geral do Sindicato, Fábio Escobar

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