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Expectativas de um Ano Novo

COLUNISTA - Carlos R. Ticiano

Carlos R. Ticiano

  • 28/12/19
  • 12:00
  • Atualizado há 225 semanas

A comemoração de Ano Novo, com a data em que conhecemos atualmente, foi definida por Júlio César (governador romano) que criou um decreto, instituindo esta data como o dia do Ano Novo. Assim, todo inicio de ano, vemos surgir no calendário que utilizamos (gregoriano) um Ano Novo.

Tal qual uma peça de teatro, o Ano Novo, é cercado de expectativas, no dia de sua estréia. Desde ao abrir de suas cortinas, até a exibição do primeiro ato. Destacando em sua cena inicial, uma chuva de esperanças, ansiedade, confiança, vaidade, desejos, sonhos e sombrinhas coloridas.

Toda essa euforia, desencadeada pelos preparativos para a Festa de Réveillon, acabam muitas vezes, como que de uma forma triste e frustrante, pois normalmente trazem apenas alegrias passageiras. Sair comprando tudo o que se vê pela frente, para esperar a passagem de ano, não é a certeza de que vamos ser felizes. Muita gente não tem nada, ou quase nada, mas comemoram do mesmo jeito, apenas de uma forma simples com o pouco que tem.

O espetáculo por si só já é gratificante, com a movimentação das pessoas e das crendices para a tão esperada Festa do Réveillon. São muitos os rituais para a passagem do ano. Entre eles, vestir uma roupa branca, soltar fogos, comer lentilhas, estourar champanhe, pular com o pé direito, subir as escadas, aceder às luzes, aumentar o volume do som. Mas por que repetir esses gestos todos os anos? De fato eles servem para alguma coisa?

Tudo isso, às vezes não é o suficiente para esconder a frustração por não conseguir realizar os projetos idealizados. As pessoas vão vivendo simplesmente por viver, como se a vida fosse uma tarefa a cumprir, um caminho obrigatório a seguir. Quando na realidade, deveriam tirar lições da rotina diária, para que pudessem ver quanta coisa bonita acontece ao seu redor, mas que às vezes, por distração, em função do corre-corre do dia a dia, acabam passando despercebido e se perdendo no tempo.

Vivam mais tranquilos, guardem apenas as boas recordações e deixe a enxurrada do Ano Novo, carregar tudo o que de ruim aconteceu, no ano que vai terminar. Deixe de lado as tristezas, as dúvidas, as saudades e o medo do amanhã, e venha até a janela para dizer adeus ao ano velho, que vai partindo e dando lugar a um admirável Ano Novo.

Não troque apenas o calendário da mesa, mas também alguma coisa de lugar, seu modo de pensar, de agir e de relacionar-se com as pessoas. Que o sol, seja o foco da sua atenção, mas que a lua, não passe despercebida. Todos os dias são mágicos e tudo pode realizar-se, pois nenhum outro dia será igual ou parecido. Viva intensamente cada momento da sua vida.

A peça em cartaz já estreou, podendo ser vista em qualquer teatro da vida. A cortina vai reabrir e o segundo ato começar. Em seu enredo, a esperança de trilhar novos caminhos, de buscar novos sonhos, de renovar velhas amizades e até quem sabe, encontrar um novo amor. Em sua cena final, um sol de verão, gratidão, paixão e emoção. É hora de agradecer pela chegada de um Ano Novo, pelo dom da vida e de ir ao encontro de novas expectativas.

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