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Assisense que mora no Japão dá depoimento sobre situação do país devido ao Coronavírus

Ussuy Egyro diz que já faltam produtos que dependem de matéria prima chinesa

Redação AssisCity/ Fotos: Divulgação

  • 02/03/20
  • 11:00
  • Atualizado há 216 semanas

O assisense Ussuy Egyro mora no Japão há cerca de 15 anos e contou com exclusividade para o AssisCity como está o clima no país devido aos casos de Coronavírus.

Ele mora no estado de Ibarak, a menos de uma hora de Tóquio, onde não há casos confirmados até o momento. Apesar disso, há a estimativa que 1 milhão de pessoas estão infectadas no país, mas os dados não são oficiais.

"O governo tem falado não é uma pandemia, mas sim uma situação alarmante. Todos os dias eles divulgam recomendações para a população, como não sair de casa sem máscaras. Isso tem sido um problema, porque há cerca de duas semanas, esse item e o álcool em gel sumiram das prateleiras. Outra orientação é evitar locais de grande aglomeração", afirma.

Divulgação - Assisense Ussuy Egyro mora no Japão há cerca de 15 anos e fala sobre o impacto do Coronavírus no país
Assisense Ussuy Egyro mora no Japão há cerca de 15 anos e fala sobre o impacto do Coronavírus no país

Segundo Ussuy, o mês de março no Japão é marcado pelo florescimento das cerejeiras, o que inclui diversos eventos e festividades.

"O governo anunciou que as escolas serão fechadas para tentar conter o vírus, o que implica que muitas mães têm que ficar em casa. Muitas pessoas já não têm saído, pois algumas fábricas deram folga ou estão fechadas por conta da falta de matéria prima vinda da China", salienta.

O assisense também informou que o Japão já enfrenta algumas dificuldades em relação a produtos que precisam de matérias primas chinesas. A bola da vez agora é o papel higiênico e os lenços de papel.

"Já têm circulado algumas fotos mostrando a falta de estoques de papel higiênico e lenços. Nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, saí do trabalho às 19h e passei em dois mercados, duas conveniências e uma farmácia. A situação é a mesma: sem estoque. Há notas de indústrias sendo divulgadas, informando que ninguém precisa se desesperar e que a demanda será suprida, mas há muitas pessoas que estão estocando os produtos", explica.

De acordo com Ussuy, um dos agravantes tem sido a disseminação das fake news, que deixam a população ainda mais em alerta.

"Tem muita gente que acha que vai morrer porque não sabe exatamente como o vírus é transmitido. São muitas informações falsas que têm circulado e isso gera um desespero ainda maior. Acredito que o mais importante é seguir as recomendações do governo, neste momento, e pedir a Deus para proteger todo mundo. Tenho acompanhado bastante a televisão e a internet, o primeiro ministro tem se pronunciado várias vezes, então estamos tentando manter a calma", finaliza.

Assista ao vídeo com o depoimento completo:

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