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São Paulo investiga outras quatro mortes na mesma rede hospitalar onde idoso morreu com Coronavírus

Até o momento não foi informado se os pacientes estavam na mesma unidade

Redação AssisCity com informações do G1

  • 17/03/20
  • 15:00
  • Atualizado há 213 semanas

Na manhã desta terça-feira, 17 de março, o governo de São Paulo registrou a primeira morte por coronavírus no Brasil. O estado também investiga desde então se outras quatro mortes também foram provocadas pela doença.

O que chama a atenção das autoridades de saúde é que todas as vítimas, inclusive o morto por coronavírus, estavam internados na mesma rede hospitalar, no entanto, não foi informado se estavam na mesma unidade.

"Infelizmente o ocorrido foi o primeiro óbito aqui. Um homem morador de São Paulo internado num hospital privado e o diagnóstico de coronavírus foi feito também por um laboratório privado. Ele veio a óbito ontem 16h03 e não tem histórico. Fomos informados oficialmente hoje às 10h. Existem quatro outros óbitos neste mesmo serviço particular que estão sendo investigados. Assim que tivermos informações sendo ou não coronavírus vamos informá-los", afirmou o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contigência de combate ao coronavírus.

Durante a coletiva de imprensa, Uip informou que a vítima apresentou os sintomas no dia 10 de março, foi internada quatro dias depois, dia 14, e morreu nesta segunda-feira.

Como a doença no paciente foi constatada somente na noite desta segunda, provavelmente, o caso não foi contabilizado no balanço oficial.

Divulgação TV Globo - Autoridades anunciam primeira morte causada por coronavírus no estado de São Paulo
Autoridades anunciam primeira morte causada por coronavírus no estado de São Paulo

O paciente tinha histórico de diabetes e hipertensão, além de hiperplasia prostática — um aumento benigno da próstata que não é uma doença, mas uma condição comum em homens mais velhos que pode causar infecções urinárias. O homem não tinha histórico de viagem e teve transmissão comunitária.

"Infelizmente, os óbitos são esperados do ponto de vista de postura, mas temos que trabalhar, foi uma evolução rápida, da internação ao óbito", declarou Uip.

Ele disse que vai sugerir ao governo federal a mudança do tempo de quarentena de 14 para 10 dias.

"O caso desse paciente está fazendo a gente entender como se comporta a doença. Nós imaginávamos que o período de encubação da doença era de até 14 dias, mas a média está sendo de 6 a 8 dias até a doença se manifestar. Vamos inclusive sugerir ao Ministério da Saúde que diminua o tempo de quarentena de até 14 dias para dez", salienta.

"Temos que repensar cada vez mais as medidas de prevenção, principalmente por se tratar de um óbito comunitário", afirmou José Henrique Germann, secretário estadual da Saúde.

O coordenador do Centro de Contingência disse o grupo de combate ao coronavírus estuda a possibilidade de aumentar o número de testes "entendemos que é adequado ampliar o centro de diagnóstico, avaliar esta possibilidade."

Na tarde desta terça, o estado de São Paulo contabilizava uma morte e 162 pacientes infectados em outo municípios. Do total de doentes, 154 estão na capital paulista e o restante na Grande São Paulo.

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