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CORONAVÍRUS: uma análise à luz da Geografia

COLUNISTA - Professor Thiago Hernandes

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 21/03/20
  • 09:00
  • Atualizado há 209 semanas

Não diferente do que se poderia esperar, em praticamente todos os lugares é possível encontrar pessoas debatendo um assunto comum: o novo Coronavírus - COVID 19 e seus efeitos na sociedade.

Quando se fala sobre os desdobramentos dessa nova enfermidade que segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde - já é uma pandemia global, várias são as possibilidades de análise, visto que os efeitos adversos compreendem aspectos econômicos, sociais, ambientais, entre outros.

Considerando o atual cenário de apreensão e expectativas, vale ser ressaltado que NÃO é a primeira e provavelmente não será a última pandemia global a ser enfrentada pela humanidade, entretanto, esta em especial está ganhando maior destaque face a velocidade de propagação devido as características virais e a intensa mobilidade humana, bem como a rapidez em que as informações - verdadeiras e falsas - circulam.



O assunto é polêmico. Como surgiu e o porquê, tem levado as pessoas a discussões que possam minimizar os efeitos ou encontrar fórmulas de saná-los.

É sabido que o super adensamento populacional, as agressões contínuas ao meio ambiente, o uso indiscriminado de agrotóxicos, de medicamentos e a existência de saneamento básico precário, podem de alguma forma potencializar os efeitos adversos decorrentes de vírus e bactérias.

Vivemos em um planeta que com certeza enfrenta seu limite de exploração. Poluição, doenças, crises hídricas, alterações climáticas são alguns dos vários sinais dados há um longo tempo.

Sob esta ótica, quando uma pandemia chega e o pior pode acontecer, a economia mundial recua e os efeitos logo são sentidos, dentre os quais cintam-se: desvalorização de moedas, queda de bolsas de valores, contração do consumo, aumento do desemprego, fechamento de fronteiras, cancelamentos de voos, suspensão de aulas e alterações de rotinas dentre outros.

Entretanto, vale ressaltar que os efeitos econômicos adversos atingirão a todos, sendo que os menos favorecidos economicamente serão os que primeiramente sentirão, uma vez que por estarem na base da pirâmide econômica, ficam demasiadamente expostos a quaisquer condições que ameacem seus empregos e rendimentos.

Trazendo esta discussão à realidade brasileira, muitas empresas de forma inteligente e seguindo recomendações oficiais, estão promovendo ações para que o contato e/ou a aglomeração de pessoas sejam ao máximo diminuído.

Que isso trará efeitos econômicos profundos, não resta dúvida, mas é neste momento que todos, cidadãos civis e autoridades devem deixar de lado suas diferenças para pensar e agirem tão somente voltado ao bem comum, ou seja, a manutenção do emprego, da renda, das condições de atendimento à saúde e a vida da população, uma vez que se ações desta ordem não forem adotadas, o caos e o colapso certamente se instalarão, o que agravará ainda mais a realidade.

Enfim, tudo ainda é muito recente e somente o tempo e a ciência dirão sobre os verdadeiros desdobramentos desta situação.

Sendo assim, para que tenhamos êxito, cabe a TODOS cumprir fielmente as regras estabelecidas pelas autoridades e órgãos oficiais de saúde.

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