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"Dias melhores pra sempre..."

COLUNISTA - Professor Thiago Hernandes

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 07/04/20
  • 09:00
  • Atualizado há 210 semanas

Começo este ensaio retomando um fragmento a letra da canção "Dias Melhores" interpretada pelo grupo Jota Quest...

"... Dias melhores; Dias de paz; Dias a mais; Dias que não deixaremos para trás;

Vivemos esperando; O dia em que seremos melhores; Melhores no amor; Melhores na dor; Melhores em tudo; Vivemos esperando; O dia em que seremos; para sempre; Vivemos esperando..."

Conversando com amigos, familiares, colegas de trabalho, pude perceber que salvo algumas exceções, praticamente todos estamos saturados de notícias ruins nesse estágio da pandemia, visto que, do momento que acordamos até quando nos deitamos, somos literalmente "bombardeados" por informações negativas como: mortes, isolamentos, recessões, desabastecimentos etc.

Longe da alienação ou tornar-se indiferente à crise e seus desdobramentos, ocorre que as informações de como se prevenir e se comportar ante a este cenário, medidas exaustivamente propagadas pelos meios de comunicação, vejo a necessidade urgente de cuidarmos da nossa saúde mental/emocional, afinal, ela determinará muito como enfrentaremos as sequelas deixadas pela passagem do COVID 19.

Segundo a psicóloga Rosely Sayão, em matéria na Bandnews, precisamos olhar o que há de bom a nossa volta. Ainda, de acordo com outros profissionais da saúde, é importante dar atenção ao que absorvemos. É preciso (re)aprender valorizar o ar que respiramos, o sol que nos aquece, a família que temos, as pessoas que amamos, o teto que nos protege, a comida em nossa mesa.

O papel dos órgãos públicos e da mídia, entre outros, é o de informar. Mas até que ponto o excesso de informação nos prejudica?

Aqui, me refiro a necessidade de filtrar o que chega até nós.

Se partirmos do entendimento que nada acontece por acaso, este é rico momento de reflexão sobre o que estamos fazendo com o planeta e com a nossa vida.

O dia-a-dia embrutece. Estamos ligados numa voltagem que impede sermos sensíveis ao outro. O individualismo ocupa todo espaço.

Mas como a natureza e sábia, ela dá seu jeito de nos alertar: não estamos sozinhos, não vivemos sozinhos, estamos integralmente conectados na forte corrente da interdependência.

Deixo aqui um desafio: fique um dia sem ler ou ouvir notícias ruins, tristes. Use esse tempo para ler, papear com quem está ao seu lado, organizar suas finanças, arrumar gaveta ou até mesmo não fazer, só contemplar.

Afinal, como escreveu Guimarães Rosa ... "O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem..."

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