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Entre guerras e epidemias...

COLUNISTA - Carlos R. Ticiano

Carlos R. Ticiano

  • 03/05/20
  • 11:00
  • Atualizado há 206 semanas

Como em uma luta de boxe, de um lado do ringue a guerra armada até os dentes; do outro lado do ringue, o vírus Covid-19 contaminando o ar. Nesta luta desigual sem árbitro, quem acaba nocauteado são os hospitais, médicos, enfermeiros e a economia de um modo geral, gerando a recessão. Sem falar no ser humano, que termina na estatística dos mortos.

A Segunda Guerra Mundial, que durou de 1939 a 1945, envolveu a maioria das nações, incluindo principalmente as grandes potências. Separados ideologicamente os "aliados" - Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética e China, entraram em conflito contra o "eixo" - Itália, Alemanha e Japão.

Marcada principalmente por ataques contra os civis, a guerra acabou marcada pelo "Holocausto" - assassinato de seis milhões de judeus, comandado por Adolf Hitler, líder do Partido Nazista. Também pelo lançamento da "bomba atômica", - realizada pelos Estados Unidos sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki no Japão.

A guerra terminou em 15 de Agosto de 1945, com a rendição do Japão. As estimativas para o total de mortos na guerra, considerando que muitas não foram contabilizadas, apresentam um número assombroso. Estima-se que 60 milhões de pessoas (20 milhões de soldados e 40 milhões de civis) perderam suas vidas no combate.

A epidemia atual denominada por coronavírus (Covid-19), que acabou se alastrando pelo mundo, teria surgido no dia 1 de Dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China. Por ser um país fechado, que controla tudo, inclusive os meios de comunicação, não deram alarde, achando que se tratava apenas de uma epidemia local.

No inicio de 2020, em função do vai e vem das pessoas, circulando por vários países, incluindo a China, o vírus Covid-19 começou a se disseminar, alcançando outros continentes e seus respectivos países. Como nos países da Europa, a imprensa é livre, a bomba eclodiu.

No Brasil, a circulação do Covid-19, ocorreu no estado de Minas Gerais, no dia 23 de Janeiro de 2020. Data esta, que o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta corrigiu posteriormente. O que constata que abafaram o caso, em virtude da aproximação do carnaval e a previsão da chegada de milhares de turistas.

Passada a euforia da oba-oba, as autoridades perceberam a gravidade, que rondava o Brasil e começaram a agir. Foi quando os meios de comunicação começaram a divulgar os primeiros casos no Brasil e a quantidade de pessoas infectadas e mortas pela pandemia, ao redor do mundo.

O Ministério da Saúde determinou uma quarentena geral, fechando escolas, comércios, shoppings, igrejas, restaurantes, cinemas, teatros e outros locais, que pudesse haver aglomerações de pessoas. Sair às ruas, só em caso de necessidade. Segundo o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, o isolamento é a melhor alternativa para se combater a epidemia.

No mundo, até a presente data, o número de contaminados pelo Covid-19, ultrapassou a marca de 1,6 milhões de pessoas infectadas e a quantidade de 100 mil mortes. No Brasil, ultrapassou a marca de 20 mil pessoas infectadas e a quantidade de 1.200 mortes.

Como em toda guerra, ou epidemia, no caso especifico do Covid-19, quantas mortes ainda serão contabilizadas, até o controle definitivo do vírus? Independente de a guerra ser de bombas ou de vírus, será que de alguma forma, não seria possível evitá-las?

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